Culpa das mães pode levar a problemas de saúde e à quebra do vínculo emocional com filhos

Mães de hoje em dia se sentem incompetentes o tempo todo, diz psicologa

Marcella Franco, do R7

Mães de antigamente podiam ser consideradas mais “relaxadas” que as de agora Thinkstock
Diz o ditado que, quando nasce um filho, nasce junto a culpa da mãe. Porque, independentemente do seu grau de esforço e doação aos pequenos, ela sempre vai achar que está fazendo pouco, ou que está errando o tempo todo.

Só que essa cobrança sem-fim, por mais inevitável que pareça ser, traz prejuízos não só emocionais às mulheres, mas também problemas à saúde.

O alerta é do pediatra Hany Simon, presidente do Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas, que explica que a preocupação em fazer tudo perfeito gera estresse e alterações fisiológicas na mãe, além de reflexos clínicos na relação mãe e bebê.

— Hoje em dia, parece que a mãe tem metas a cumprir o tempo todo. Se cobrando desse jeito, ela nunca vai aproveitar nenhum momento. As mães chegam ao meu consultório se sentindo culpadas porque deram de mamar por menos de 15 minutos em cada seio, e me contam que há até aplicativos para medir isso. Eu pergunto a elas quem foi que inventou essa regra de 15 minutos, porque eu não a conheço.


Para a psicóloga e educadora Rosely Sayão, especialista em questões de família, as mães — e os pais, tios, avós, amigos — vão errar de qualquer maneira, não importa o caminho que escolham na criação dos filhos. Isso porque não há uma receita exata para nada quando o assunto é educação infantil, e perseguir a meta da perfeição é uma utopia.
— A culpa é inútil, porque diminui seu potencial de cuidar do seu filho. Na minha época, a gente se sentia competente. Já as mães de hoje se sentem incompetentes o tempo todo, e essa é a maior diferença entre as gerações. Eu, por exemplo, nunca liguei para um pediatra. Hoje são tantas as ordens para as mães que isso está minando a relação delas com as crianças.
Por se permitirem a possibilidade de errar — e por entenderem que isso faz parte do dia a dia de qualquer pessoa —, as mães de antigamente podiam ser consideradas mais “relaxadas” que as de agora.
A explicação, segundo Rosely, é que, no passado, as mulheres aceitavam mais tanto sua própria humanidade, quanto também a dos seus filhos.
— Meus filhos choravam e eu pensava: “Estão chorando porque estão vivos, problema mesmo seria se eles não chorassem”.
Coach de vida e carreira, Ana Raia concorda com a psicóloga.
Para ela, se espelhar nas estrelas de TV que estão sempre lindas, felizes e gerenciando a vida da família inteira sem deslizes é um problema para a mulher, que acabará se frustrando por não conseguir atingir seu ideal.
— A imagem de perfeição não existe. É uma ilusão a mãe achar que vai dar conta de tudo ao mesmo tempo, porque não vai.
Um bom começo para as mulheres com filhos começarem a se aceitar e a se cobrar menos, na opinião do pediatra Hany Simon, é entender a normalidade das coisas.
— É normal dormir, é normal comer, mas as mães não fazem isso porque sentem culpa de deixar as crianças nem que seja por estes poucos minutos. É possível, sim, fazer tudo isso e ainda criar os filhos com qualidade. Temos que mostrar isso para as mães.

Pais que mimam os filhos

À mesa do restaurante, João faz manha exigindo o celular da mãe para se divertir durante o almoço. Maria se joga no chão da loja de brinquedos porque quer que o pai compre aquela boneca agora. E, sentado no sofá de casa, Pedro se irrita com os pais porque quer uma resposta urgente sobre poder ou não ir à festa dos amigos no sábado à noite. Todos eles, não importa a idade, têm algo em comum: vão se tornar adultos mimados, incapazes de lidar com as frustrações do mundo.

A culpa do destino dos três, João, Maria e Pedro, é do imediatismo que rege as relações atualmente. Temos, como pais, dito muitos “sim” para os filhos, quando, na verdade, o ideal seria dizer mais “não sei” ou “vou pensar”. Como explica a psicóloga e educadora Rosely Sayão, essa atitude traz como maior prejuízo uma alienação em relação à realidade.

— O adulto que tem o imediatismo cultivado, ao invés de controlado, tem dificuldade de compreender e se inserir no mundo.

Pressionados a responder às demandas dos filhos imediatamente, os pais acabam soltando respostas impensadas, e a consequência, na visão da coach de vida e carreira Ana Raia, é a criação de jovens pouco preparados para lidar com a vida.

Mães de hoje em dia se sentem incompetentes o tempo todo, diz psicóloga

Segundo ela, os pais, atualmente, não aguentam não ser imediatistas. Se no passado eles se permitiam deixar os filhos insatisfeitos por mais tempo, hoje atitudes como essa se transformaram em um dos maiores desafios na educação das crianças e jovens.

Ana acredita que a tecnologia colabore para o imediatismo a partir do momento em que, ao toque de um dedo na tela do celular, a resposta para qualquer pergunta ou busca de informação podem ser obtidas em pouquíssimos segundos.

— Não conseguimos sustentar uma dúvida por muito tempo, um incômodo. Não sabemos lidar com um mal-estar neste mundo onde a felicidade é imperativa.

E a dúvida, explica Rosely Sayão, é preciosa, assim como a espera e o pensamento, porque eles ajudam a criança a crescer e a amadurecer. Crianças que não têm momentos de “mente vazia”, por exemplo, poderão sofrer graves consequências na vida adulta.

Alguém que está sempre entretido terá para sempre a necessidade de entretenimento constante, alerta o médico Daniel Becker, criador do projeto Pediatria Integral. Segundo ele, para ser criativo, o cérebro humano precisa da criatividade.

— São necessários momentos em que ele está engajado com algo externo, e também momentos em que está ocioso, em estado de contemplação. Quando uma criança tem seu tempo completamente tomado com atividades como escola, inglês, natação, Facebook, Instagram, WhatsApp, ela fica incapacitada de ter importantes processos interiores.

Becker acrescenta que crianças que não interagem com seus pares ou com os adultos, porque passam o dia com eletrônicos na mão, terão menos inteligência emocional, menos empatia e menos capacidade de se comunicar com os outros quando crescerem.

Se este já não fosse um bom argumento, ainda haveria a opinião de outros especialistas, que enxergam o hábito dos pais de entregar celulares e tablets às crianças como algo benéfico apenas para os adultos.

Na opinião de Rosely Sayão, oferecer um eletrônico em momentos em que se espera que os filhos se socializem com a família e amigos não é um carinho, mas, sim, um comodismo.

— O celular e o tablet nestas situações têm a função do “cala a boca”, nada além disso.

Mas, então, o que fazer quando a conversa no restaurante está boa, mas os pequenos não param de dar chilique e pedir para ir embora? O pediatra Daniel Becker dá uma boa dica.

— As pessoas se esquecem que as crianças sabem conversar e que podem fazer pequenos contratos. Mesmo as menorzinhas têm essa capacidade de compreensão. Basta dizer ao filho que, nos momentos em que estiverem conversando em família, ele não terá o tablet, mas que, quando a mamãe e o papai estiverem falando só com seus amigos, ele poderá pegar o tablet emprestado por 15 minutos. Assim, se alcança um equilíbrio.

Soluções como esta são recursos para que os pais lidem não só com o imediatismo das crianças, como também o deles próprios, que pode, mesmo que de maneira não intencional, servir como exemplo negativo aos filhos, que acabam copiando as atitudes da família.

Para o pediatra presidente do Congresso Brasileiro de Urgências e Emergências Pediátricas, Hany Simon, a ansiedade e a angústia na adolescência e na vida adulta podem ser resultados do imediatismo paterno presenciado na infância. E, como reforça Rosely Sayão, viver de maneira urgente só traz impactos emocionais negativos nas crianças.

— Somos imediatistas desde que nascemos. Choramos para manifestar desconforto, somos atendidos e temos nossas necessidades básicas saciadas. Com isso, vem também uma sensação de prazer, que vamos desejar para sempre. No entanto, precisamos entender que não é o princípio do prazer que vai reger a nossa vida, e, sim, o princípio da realidade. O papel dos pais é, aos poucos, mostrar aos filhos a realidade do mundo.

Questão relevante sobre o grito


Quando eu me tornei uma mãe que gritava, eu descobri que estava destruindo meus filhos e a mim mesma. Conheça minha história.

Este post foi originalmente publicado no site handsfreemama.com e republicado aqui com permissão, traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger.

Eu amo os bilhetes que recebo de meus filhos - sejam eles apenas rabiscos em uma folha amarela ou escritos em caligrafia perfeita e papel alinhado. Mas o poema do Dia das Mães que recentemente recebi da minha filha de 9 anos de idade foi especialmente significativo. Na verdade, a primeira linha do poema prendeu minha respiração e lágrimas quentes deslizaram pelo meu rosto.
"A coisa mais importante que eu posso dizer sobre a minha mãe é... que ela está sempre pronta a me apoiar, mesmo quando eu estou em apuros."
Mas nem sempre foi assim.
Em meio às distrações da minha vida, comecei uma nova prática muito diferente da forma como eu havia me comportado até aquele ponto. Eu me tornei uma mãe que gritava. Não era sempre, mas era intenso - como um balão extremamente inflado que fazia com que todos ao alcance da minha voz se sobressaltassem com medo.
Então, como minhas meninas, na época com 3 e 6 anos de idade, me fizeram começar com isso? Foi no modo como uma insistia em correr para buscar mais três colares de contas e os seus óculos de sol rosa favoritos quando já estávamos atrasados? Foi na maneira como a outra tentou servir-se sozinha de cereal e derramou a caixa inteira no balcão da cozinha? Foi quando uma delas caiu e quebrou o meu anjo de vidro especial no piso de madeira depois de ter sido avisada para não tocá-lo? Foi por que elas lutavam contra o sono quando eu precisava de um pouco mais de paz e tranquilidade? Ou foi quando brigavam por coisas ridículas como quem seria o primeiro a sair do carro ou quem tem o maior sorvete?
Sim, eram esses percalços normais, questões e atitudes típicas de crianças que me irritavam a ponto de perder o controle.
Isso não é algo fácil de escrever. E também não foi um momento fácil na minha vida para reviver, porque verdade seja dita, eu me odiava nesses momentos. O que acontecia comigo para que precisasse gritar com as duas pequenas e preciosas pessoas que eu amo mais do que a vida?
Deixe-me dizer-lhe o que tinha acontecido comigo.
Distrações
O uso excessivo do telefone, a sobrecarga de compromissos, várias páginas de listas de tarefas, e a busca da perfeição me consumiam. E gritar com as pessoas que eu amava era um resultado direto da perda de controle que eu estava sentindo na minha vida.
Inevitavelmente, acabaria por desmoronar em algum lugar. Então eu desmoronei a portas fechadas na companhia das pessoas que mais significam para mim.
Até um dia fatídico.
Minha filha mais velha subiu em um banquinho e foi atingida por algo que caiu na despensa e ela acidentalmente entornou um saco inteiro de arroz no chão. Com um milhão de minúsculos grãos no chão parecidos com a chuva, os olhos de minha filha se encheram de lágrimas. E foi aí que eu vi - o medo em seus olhos quando ela se preparou para o discurso de sua mãe.
Ela está com medo de mim, eu pensei, com a conscientização mais dolorosa que se possa imaginar. Minha filha de seis anos de idade está com medo da minha reação ao seu erro inocente.
Com profunda tristeza, percebi que eu não era o tipo de mãe que eu queria para meus filhos conviverem e nem era assim que eu queria viver o resto da minha vida.
Dentro de algumas semanas depois desse episódio, eu tive meu momento de colapso e ruptura - foi a conscientização dolorosa que me impulsionou à jornada do Hands Free. Chegara a hora de deixar ir a distração e entender o que realmente importava. Isso foi há dois anos e meio atrás - dois anos e meio de lenta batalha para diminuir a distração e excesso de eletrônicos na minha vida... Dois anos e meio para me livrar do padrão inatingível de perfeição e da pressão da sociedade para "fazer tudo". Ao deixar de lado minhas distrações internas e externas, a raiva e o estresse reprimidos dentro de mim lentamente se dissiparam. Com nova clareza eu era capaz de reagir aos erros e às injustiças de minhas filhas de uma forma mais calma, compassiva e razoável.
Comecei a dizer coisas como: "É apenas xarope de chocolate. É só limpar e a bancada ficará tão boa como se fosse nova."
(Mudei do suspiro exasperado e revirar de olhos para uma boa atitude).
Eu me ofereci para ajudar com a vassoura enquanto ela varria um mar de flocos de cereais que cobriam o chão.
(Em vez de pular em cima dela com um olhar de desaprovação e aborrecimento total).
Eu a ajudei a pensar por onde ela poderia ter deixado seus óculos.
(Em vez de envergonhá-la por ser tão irresponsável).
E nos momentos em que a total exaustão e o choramingar incessante estavam prestes a me derrubar, eu entrava no banheiro, fechava a porta, e dava a mim mesma um momento para esfriar a cabeça e me lembrar que elas são crianças e as crianças cometem erros. Assim como eu.
E ao longo do tempo, o medo que uma vez brilhou nos olhos de minhas filhas quando estavam com problemas desapareceu. E graças a Deus, eu me tornei um refúgio em seus momentos de dificuldade, em vez de o inimigo do qual queriam correr e se esconder.
Não estou certa de que eu teria pensado em escrever sobre esta profunda transformação, não fosse pelo incidente que aconteceu na tarde da última segunda-feira. Naquele momento, senti o gosto da vida sendo esmagada e a vontade de gritar estava na ponta da minha língua. Eu estava chegando aos capítulos finais do livro que estou escrevendo atualmente e meu computador travou. De repente, as edições de três capítulos inteiros desapareceram na frente dos meus olhos. Passei vários minutos tentando freneticamente reverter para a versão mais recente do manuscrito. Quando isso não funcionou, eu consultei o backup da máquina, apenas para descobrir que ele, também, havia dado erro. Quando eu percebi que nunca iria recuperar o trabalho que fiz nesses três capítulos, eu queria chorar, mas mais ainda, queria sentir e extravasar a raiva.
Mas eu não podia porque era hora de pegar as crianças na escola e levá-las para o treino de natação em equipe. Com grande contenção, eu calmamente fechei meu laptop e me lembrei que poderia haver problemas muito piores do que reescrever esses capítulos. Então eu disse a mim mesma que não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer sobre esse problema naquele momento.
Quando minhas filhas entraram no carro, elas imediatamente perceberam que algo estava errado. "O que há de errado, mamãe?". Elas perguntaram em uníssono depois de vislumbrarem meu rosto pálido.
Eu queria gritar: "Eu perdi três valiosos dias de trabalho no meu livro!"
Eu tinha vontade de bater no volante com os punhos, porque sentada no carro era o último lugar que eu queria estar naquele momento. Eu queria ir para casa e corrigir os meus livros - e não transportar crianças para a natação, torcer roupas de banho molhadas, pentear cabelos emaranhados, fazer o jantar, lavar a louça e pôr crianças na cama.
Mas ao invés disso, eu calmamente disse: "Eu estou tendo um pouco de dificuldade para falar agora. Eu perdi parte do meu livro. E eu não quero falar, porque eu me sinto muito frustrada."
"Sentimos muito", disse a mais velha por ambas. E então, como se soubessem que eu precisava de espaço, elas ficaram quietas todo o caminho até a piscina. As crianças e eu cumprimos o nosso dia e, embora eu estivesse mais calma do que o habitual, não precisei gritar e tentei o meu melhor para abster-me de pensar sobre o assunto do livro.
Finalmente, o dia estava quase terminando. Eu tinha colocado minha filha mais nova na cama e estava deitada ao lado de minha filha mais velha para nosso momento noturno de bater papo.
"Você acha que vai conseguir seus capítulos de volta?". A minha filha perguntou em voz baixa.
E foi aí que eu comecei a chorar - não tanto pelos três capítulos, eu sabia que eles poderiam ser reescritos - o meu choro era mais um extravasamento, devido ao cansaço e frustração envolvidos em escrever e editar um livro. Eu estava tão perto do fim. E de repente ter arrancado de mim meu trabalho, foi algo extremamente decepcionante.
Para minha surpresa, minha filha estendeu a mão e acariciou meu cabelo suavemente. Ela disse palavras reconfortantes como: "Os computadores podem ser muito frustrantes", e "Eu poderia dar uma olhada na máquina para ver se consigo consertar o backup." E então, finalmente, "Mãe, você pode refazer o que perdeu. Você é a melhor escritora que eu conheço", e "Eu vou ajudar no que puder."
No meu momento difícil, problemático, lá estava ela, uma paciente e compassiva incentivadora que não pensaria em me chutar quando eu já estava para baixo.
Minha filha não teria aprendido essa resposta empática se eu tivesse permanecido no hábito de gritar. Porque quando se grita, desliga-se o canal de comunicação, que por sua vez rompe o vínculo e afasta as pessoas - em vez de aproximar.
"A coisa mais importante... É que a minha mãe está sempre pronta a me apoiar, mesmo quando eu estou em apuros".
Minha filha escreveu isso sobre mim, a mulher que passou por um período difícil, do qual não se orgulha, mas que a ajudou a aprender. E nas palavras da minha filha, eu vejo esperança para os outros.
A coisa mais importante... É que não é tarde demais para parar de gritar.
A coisa mais importante... É o perdão das crianças, especialmente se elas veem a pessoa que amam tentando mudar.
A coisa mais importante... É que a vida é muito curta para se chatear com cereal derramado e sapatos fora do lugar.
A coisa mais importante... É que não importa o que aconteceu ontem, hoje é um novo dia.
Hoje podemos escolher uma resposta pacífica.
E ao fazê-lo, podemos ensinar aos nossos filhos que a paz constrói pontes - pontes pelas quais podemos atravessar com segurança por sobre tempos difíceis

5 maneiras eficientes de construir o caráter de seus filhos

Todos já ouviram a frase "garotos são garotos". Em algum momento, pais e professores esperam que esses jovens garotos caiam na realidade, acordem e comecem a pensar mais no que é certo do que naquilo que os torna admirados.

  • Todos já ouviram a frase "garotos são garotos". Essa afirmação é frequentemente usada como desculpa para mau comportamento. Não há dúvidas de que garotos são, falando de maneira generalizada, desobedientes e desordeiros, prontos para conquistar o mundo. Eles querem parecer machos para seus amigos. Isso é algo normal para um garoto. Por causa de sua necessidade interior de serem fortes e corajosos eles podem acabar se encontrando em situações comprometedoras apenas para provar esse fato. Às vezes isso significa aceitar um desafio, mesmo se o desafio for estúpido - o que muitos desafios são - para provar sua masculinidade. Em algum momento, pais e professores esperam que esses jovens garotos caiam na realidade, acordem e comecem a pensar mais no que é certo do que naquilo que os torna admirados por outros.
    Recentemente, foi relatado que um time de futebol inteiro teve a oportunidade de começar a entender esse tipo de pensamento. O técnico Matt Labrum do colégio Union High School, em Roosevelt, Utah, nos Estados Unidos, suspendeu toda a sua equipe por causa de um comportamento inadequado. Os jogadores ficaram atordoados.
    Depois de saber sobre a atitude disciplinar sem precedentes do treinador Labrum, uma mãe postou uma nota sobre este incidente e fez o seguinte comentário: "Ótimo! Que grande treinador temos aqui em Roosevelt!". Dentro de 24 horas, a nação inteira sabia o que tinha acontecido. O país todo apoiou e reconheceu alguém que estava disposto a colocar a construção do caráter acima da importância de ganhar jogos.
    O que esses rapazes fizeram para merecer tal punição? Além de cyberbullying (bullying pela internet) com um colega, eles estavam tirando notas baixas e matando aulas, também estavam mostrando desrespeito a professores; todos comportamentos inaceitáveis.
    O técnico Labrum se reuniu com a equipe e ensinou-lhes algumas lições sérias sobre caráter. "Vemos isso como uma chance de dizer 'Ei, precisamos nos concentrar em outras coisas que são mais importantes do que ganhar um jogo de futebol'", disse Labrum. "Tivemos uma resposta emocional dos meninos. Acho que isso realmente significou algo para eles, foi bom ver que sim. Não houve nenhum deles que se opôs à punição".
    Uma semana depois, o noticiário relatou uma resposta positiva dos meninos. Todos os que obedeceram agora estão prontos para entrar em batalha no campo de futebol novamente. Mas, desta vez, com uma compreensão mais clara do que é preciso para vencer as batalhas que irão enfrentar na vida, as quais exigirão caráter para ter sucesso.
  • 5 coisas que os pais podem fazer para construir caráter em seus filhos

  • 1. Oriente-os

    Como podem os garotos desenvolver bons traços de caráter, se eles não sabem o que isso significa? Defina o significado de caráter. Você encontrará na maioria dos dicionários a definição de que caráter é o conjunto de qualidades ou características que distinguem uma pessoa, grupo ou coisa de outra. Pergunte aos seus garotos qual é o tipo de pessoa pelo qual ele quer ser conhecido. O que define o seu caráter? Uma maneira de ajudá-los a pensar seriamente sobre isso é perguntar se eles fossem morrer amanhã o que eles acham que seria dito sobre eles em seu funeral? Isso irá colocá-los em uma perspectiva de mudar aqui e agora. Quase todo mundo quer ser lembrado por ser uma boa pessoa. Peça-lhes que listem as características que eles gostariam que definissem seu caráter.
  • 2. Apoie quem estiver tentando ajudar seus filhos a construir bons traços de caráter

    Se há líderes na vida dos seus filhos que não estão fazendo isso, e estão deixando que eles e seus colegas não assumam as consequências de atitudes que são prejudiciais, você deve ter uma conversa séria com essa pessoa. Diga-lhe o que espera de sua liderança. Por outro lado, quando os líderes e professores disciplinam o seu filho por mau comportamento, não vá contra eles. Você pode dar suporte a seu filho com amor e apoiá-lo quando ele receber essas ações disciplinares, porém você não deve "passar a mão" na cabeça de seu filho e encobrir seus erros. Se você fizer isso, estará negando-lhe uma valiosa oportunidade de crescer.
  • 3. Elogie seu filho quando ele fizer algo que mostre seu bom caráter

    Diga a ele que é preciso ter coragem para fazer o que é certo. Se ele fez algo errado e quer corrigir-se, elogie-o por isso. Não o deixe constrangido, mas sim apoie-o enquanto ele procura corrigir o problema.
    O terapeuta familiar Jonathan Decker disse: "Quando os homens confessam um erro ou desculpam-se por uma má conduta, eles estão sendo vulneráveis com você, o que provavelmente é um risco enorme para eles (lembre-se, muitos foram condicionados a acreditar que, em algum nível, a vulnerabilidade afasta as pessoas). Reforce sua honestidade e responsabilidade, reconhecendo abertamente a coragem que tiveram para dizer a verdade e dizendo-lhes o quanto isso significa para você, eles estarem assumindo a responsabilidade por suas ações". (Meridian Magazine, 27 de setembro, 2013)
  • 4. Diga ao seus filhos o quanto você os ama

    Eles nunca serão velhos demais para ouvir as palavras "Eu te amo, meu filho", não importa o quão viris eles possam tentar parecer. Junto com as palavras, eles precisam de nossa paciência e firmeza. Eles precisam saber que temos confiança neles, apesar de suas imperfeições.
  • 5. Seja o exemplo

    Enquanto seus filhos veem o seu exemplo, eles aprenderão o que é ser uma pessoa de caráter. O autor Wilferd A. Peterson acertou em cheio quando disse: "Nossos filhos estão nos assistindo viver, e o que somos fala mais alto do que qualquer coisa que possamos dizer".
    O futuro depende desta geração de jovens (rapazes e moças). Pense no bem que pode acontecer se os jovens forem educados e encorajados a serem nobres, corajosos, honestos, confiáveis e solidários. Podemos fazer a diferença cada vez que ajudamos um menino a desenvolver esses traços de caráter.

Não grite, respire e inspire!


Antes de perder a calma, use uma dessas 20 técnicas simples para evitar gritar com seus filhos e manter a paz em sua casa.

Eu tinha chegado ao meu limite. Meu filho de 5 anos tinha finalmente acabado com minha paciência. Foi um dia terrível, a partir do momento em que ele acordou exigindo café da manhã até a segunda vez que ele empurrou seu irmão. Todos nós temos dias em que queremos vender nossos filhos ao zoológico (meus filhos certamente se encaixariam muito bem lá). No entanto, eu odeio gritar. Gostaria de dizer que é porque eu sei que gritaria é ruim para as pequenas e doces almas dos meus filhos, mas eu odeio gritar porque me faz sentir como uma mãe ruim.

Há uma maneira melhor. Na verdade, eu vou sugerir 20 maneiras melhores.

1. Ter um tempo juntos

Esta alternativa ao tempo separado (castigo) envolve você abraçar o seu filho até que os dois estejam calmos o suficiente para lidar com o problema.

2. Rir

As palhaçadas das crianças vão fazer você rir ou deixá-lo maluco. Escolha rir. Você vai viver mais tempo.

3. Cantar

Cantar é uma formal vocal e sem gritaria de extravasar a raiva e agressão. Aumente o som e cante bem alto.

4. Se afastar

Às vezes, o melhor plano de ação é sair, se afastar até você poder lidar com o mau comportamento de uma forma proativa.

5. Contar até 10

Parece bobo, mas este truque diminui seu ritmo cardiaco e você consegue pensar mais claramente.

6. Se exercitar

Saia para uma caminhada, assista uma aula de ioga ou coloque um vídeo de exercícios. Se exercitar libera endorfinas.

7. Ouvir

Antes de designar um castigo, pergunte ao seu filho o seu lado da história e ouça de verdade a sua resposta. Isso pode lhe suavizar.

8. Respirar

Encha os pulmões profundamente e faça algumas respirações purificadoras. Levar oxigênio para o cérebro permite pensar mais claramente.

9. Afastar as crianças

Tire as crianças de cima de você mandando-as para o outro quarto ou para o quintal. Não há nenhuma vergonha em precisar de um pouquinho de tempo de sanidade sozinho.

10. Passar a vez

Passe a vez de cuidar das crianças para o seu cônjuge, companheiro ou uma babá até que você seja capaz de manter a calma.

11. Perguntar

Faça perguntas aos seus filhos sobre seu comportamento. Veja se eles conseguem identificar uma forma melhor de se comportar no futuro.

12. Limpar

Esfregar o chão, passar o aspirador ou acabar com uma montanha de roupa suja, lhe dá um sentimento de realização em um dia ruim.

13. Sair de casa

Ar fresco faz bem a você e seus filhos. Uma caminhada pode ser a diferença entre um dia desastroso e um agradável.

14. Colocar-se o lugar de seu filho

Tenha um pouco de empatia e veja o mundo do ponto de vista de seu filho. Ele provavelmente está tendo um dia ruim também.

15. Conectar-se com seus filhos

Faça algo que todos gostem para voltarem à mesma página como uma família.

16. Lembrar-se de quem está no comando

Você é o pai/mãe, e você define o tom emocional de seu lar. Você está deixando o humor de seu filho influenciar o seu? Reverta isso.

17. Cumprir o prometido

Quando você diz Se você fizer isso mais uma vez… mais vezes do que você pode contar, é hora de cumprir o prometido e impor as consequências, mesmo que isso crie mais trabalho para você.

18. Ligar para um amigo

Às vezes você precisa desabafar. Pegue o telefone e ligue para um amigo ou membro da família para simpatizar com sua situação.

19. Pensar em soluções

Não continue lutando as mesmas batalhas. Coloque a caneta no papel e procure soluções permanentes.

20. Sonhar acordado

Às vezes você só precisa viajar um pouco mentalmente. Não há problema nisso, desde que todos estejam seguros e você tenha um tempo limite.

A parentalidade positiva resulta muitas vezes de apenas um segundo extra de pensamento. Use esse segundo extra antes de gritar para pensar em uma maneira melhor de lidar com a situação. Mesmo se você atrasar a punição a fim de manter a calma, lembre-se que um pai ou mãe em controle sempre consegue um comportamento melhor de seus filhos do que um que grita impulsivamente. Dê um bom exemplo, e trate seus filhos com o mesmo respeito que você quer em troca

Como e quando falar com seus filhos sobre S-E-X-O

Aqui estão algumas coisas para manter em mente quando conversar com seus filhos sobre sexo e outras questões “delicadas”.


  • Este artigo foi publicado originalmente no blog de Sarah Pierina. Foi reproduzido com permissão. Traduzido e adaptado por Sarah Pierina.

    Há não muito tempo atrás, meu filho de sete anos pegou uma revista Maxim no cabeleireiro e seus olhos se arregalaram rapidamente enquanto ele folheava as páginas cheias de mulheres de biquínis. Minha esposa Ashley rapidamente percebeu e colocou a revista de volta no lugar dizendo a ele que não é educado olhar para os corpos das mulheres.
    Alguns minutos se passaram e ela notou que ele estava olhando para uma outra revista com a mesma intensidade que ele tinha olhado para a Maxim, então ela foi investigar e descobriu que ele tinha colocado a Maxim dentro da outra revista.
    Ele foi pego, e seu pequeno rostinho ficou vermelho. Ele balançou a cabeça e disse: "Sinto muito, mamãe, mas eu realmente gosto de olhar para aquelas mulheres!"
    Algumas semanas depois, durante o banho, ele disse: "Pai, hoje no parquinho, um dos meninos estava falando sobre S-E-X-O".
    Eu não sabia se ele entendia que era uma palavra real chamada "sexo" ou se ele só sabia dela por suas 4 letras infames (como FBI ou CIA). Eu sorri e calmamente perguntei: "S-E-X-O, hein? O que você acha que isso significa?"
    Ele pensou por um momento e disse: "Meu amigo disse que isso significa quando duas pessoas são namorado e namorada."
    Daqui a pouco, eu vou lhe contar o que eu disse ao meu filho de sete anos sobre sexo, além de mostrar um guia específico à idade sobre o que dizer e quando, mas antes disso, eu gostaria de abordar alguns pontos importantes sobre como (e quando) começar a ter "A conversa" com seus filhos.
    Recentemente, li um livro muito perspicaz chamado "Assuntos Delicados: Conversando com seus filhos sobre sexo, tecnologia mídia social em um mundo touchscreen", de David Dean e meu amigo Craig Gross, que também é o fundador da XXXchurch.com e iParent.tv . Algumas das ideias abaixo vem direto de seu livro, e eu os encorajo a lê-lo se você tiver filhos pequenos ou adolescentes.
    Em nenhuma ordem específica, aqui estão algumas coisas para manter em mente quando conversar com seus filhos sobre sexo e outras questões "delicadas":
  • 1. Eles estão ouvindo sobre isso muito mais cedo do que você pensa

    A internet abriu um novo mundo para esta geração de crianças e, consequentemente, elas estão ouvindo sobre sexo muito mais jovens do que qualquer geração anterior. De acordo com XXXchurch.com, a idade média da primeira exposição à pornografia é agora onze anos de idade. Isso significa que uma típica criança de onze anos, já viu pornografia explicita antes de ter tido uma conversa sobre sexo com seus pais.
  • 2. Eles estão recebendo mensagens contraditórias

    Não deve ser uma surpresa que o mix de mensagens sobre sexo nos pátios das escolas, internet, Netflix e outras fontes facilmente acessíveis irá deixar as crianças confusas. Isso significa que nós, como pais, devemos começar essas conversas apropriadas à idade cedo e manter o diálogo de forma consistente durante todas as etapas de seu desenvolvimento.
  • 3. Eles querem poder falar sobre qualquer coisa com você

    Pode parecer superestranho, mas acredite ou não, seus filhos anseiam o tipo de relacionamento com você onde eles possam falar sobre qualquer coisa. Não fuja de assuntos delicados. Você não precisa ter a resposta perfeita. As crianças não estão procurando a perfeição; elas querem sua disponibilidade e autenticidade.
    Aqui está um pequeno guia que parece funcionar:
    Idades 7-9: Introduzir o assunto. Perguntar o que eles ouviram. Começar a conversa.
    Idades 9-11: Começar a conversar sobre os aspectos biológicos e morais do sexo de uma forma apropriada à idade.
    Idades 11-13: Abordar as mudanças físicas que estão ocorrendo e compartilhar histórias de quando você estava passando por essas mesmas mudanças.
    Idades 13+: Mantenha-se atento ao que está acontecendo com seu grupo de amigos, reconhecendo que a cada ano que passa, mais de seus amigos vão se tornar sexualmente ativos. Reafirme seus valores regularmente, mas também traga à tona o assunto sem um tom de julgamento para manter o diálogo aberto e claro.
    Então, de volta à pergunta do meu filho de 7 anos, sobre sexo, aqui está o que eu disse…
    "Estou tão feliz que você se sinta confortável em falar comigo sobre isso. Eu quero que você sempre seja capaz de falar comigo sobre qualquer coisa. Você vai ouvir muito sobre sexo de seus amigos e talvez na TV, e a maioria das coisas que você ouvir não é verdade. Conforme você for ficando mais velho, vou explicar mais sobre isso, mas por enquanto, as principais coisas que você precisa saber é que o sexo é um belo presente que Deus criou para uma mãe e um pai, que são casados e é uma parte de Seu plano perfeito para fazer bebês. É algo belo, mas também é privado, então assim como você não fala sobre suas partes íntimas ou sobre as partes íntimas dos outros no parquinho, você também não deve falar sobre sexo. Se você tiver alguma dúvida sobre sexo, ou sobre qualquer coisa, eu quero que você sempre se sinta confortável em me perguntar, está bem? Eu amo você, amigo."
    Eu tenho certeza de que eu poderia ter dito algumas coisas de forma diferente ou melhor, mas ele pareceu responder bem. Eu ainda estou tentando descobrir essa coisa da paternidade! Felizmente, Deus dá muita graça para a jornada.

    Fonte: Familia.net