TOQUE FÍSICO
Há anos
tomamos conhecimento que o “Toque Físico” é um excelente comunicador emocional
para crianças. Pesquisas têm mostrado que bebês que recebem bastante colo
desenvolvem-se emocionalmente melhor do que os que não têm este privilégio.
Normalmente, os pais e os outros adultos seguram o bebê, apertam-no, beijam-no,
afofam-no e dizem-lhe palavras carinhosas. Muito antes de entender o
sig-nificado da palavra amor, ele já se sente amado. Abraços, beijos, cafunés,
andar de mãos dadas, são formas de comunicar amor a uma criança. O abraçar e
beijar um adolescente já é diferente do abraçar e beijar uma criança. Ele não
gostará disso se você tomar esta iniciativa na frente de seus amigos, mas não
significa que não queira receber afagos, especialmente se o “Toque Físico” for
sua primeira linguagem do amor.
Se seu filho
adolescente costuma chegar por trás de você e abraçá-lo (a), empurrá-lo (a),
agarrar seu tornozelo ao andar, mexer com você, essas são indicações de que
“Toque Físico” é importante para ele. Observe seus filhos. Note como demonstram
amor para os outros. Essa é uma boa pista para se descobrir a linguagem do amor
deles. Anote os pedidos que lhe fizerem. Muitas vezes estarão relacionados com
a primeira linguagem do amor deles. Note as coisas que mais gostam, pois também
são indicadores para descobrirmos sua primeira linguagem do amor. A linguagem
do amor de nossa filha é “Qualidade de Tempo”; portanto, enquanto ela crescia,
sempre fazíamos longas caminhadas juntos. Durante o período em que ela estudava
na Academia Salém, uma das mais antigas escolas para moças de nosso país,
passeávamos pelo pitoresco bairro da Salém antiga. Os moravianos restauraram a
cidade que possui mais de duzentos anos de idade. Caminhar pelas ruas de pedra
transportava-nos para os tempos passados de nossa história. Andar pelo antigo
cemitério comunicava-nos a realidade entre a vida e a morte. Naqueles anos
percorríamos aqueles locais três tardes por semana e conversávamos muito entre
as austeras construções. Ela se formou em medicina, e sempre que vem à nossa
casa, faz a famosa pergunta: “Papai, que tal sairmos para dar uma volta?” Nunca
recusei seus convites. Meu filho, porém, jamais caminhou comigo. Ele diz:
“Caminhar é muito chato! Você não vai a lugar nenhum. Se quiser ir a algum
local específico, vá de carro.” A primeira linguagem do amor dele nada tem a
ver com “Qualidade de Tempo” dela. Como pais, sempre tentamos colocar nossos
filhos na mesma forma. Vamos a conferências sobre as crianças, lemos livros
sobre como ser melhores pais, aprendemos algumas boas idéias e queremos chegar
logo em casa para colocá-las em prática com cada um deles. O problema é que
cada filho é diferente e o que comunica amor para um, necessariamente não
transmite ao outro. Forçar uma criança a caminhar a seu lado para que você
possa ter “Qualidade de Tempo” com ela não comunicará amor. Precisamos aprender
a linguagem do amor de nossos filhos se quisermos que eles se sintam amados.
Acredito que a maioria dos pais realmente ama seus filhos. Também admito que
milhares de pais não conseguiram comunicar amor na linguagem certa e milhares
de crianças em nosso país vivem com o “tanque” emocional vazio. Acho que grande
parte das crianças com comportamento inadequado tem por trás um tanque vazio.
Nunca é tarde demais para se demonstrar amor. Se seus filhos são mais velhos e
você percebe que durante anos falou com eles na linguagem errada, por que não
comunicar isso a eles? Que tal falar-lhes assim: “Sabe de uma coisa, li um livro
sobre como se demonstra amor e percebi que, durante anos, nunca expressei
carinho por você da forma mais adequada. Tenho tentado de mostrar meu amor
através de; porém, agora percebo que essa forma provavelmente não lhe comunicou
meu carinho, pois sua linguagem do amor é outra. Chego à conclusão que sua
linguagem do amor possivelmente seja . Como você sabe muito bem, eu sempre o
(a) amei, e espero que no futuro consiga expressar-lhe isso da melhor maneira
possível.” Talvez você queira até explicar as cinco linguagens do amor para
eles e conversar sobre a sua e a deles.
Talvez seja
você quem não se sinta amado (a) por seus filhos mais velhos. Se forem maduros
o suficiente para entender o conceito das linguagens do amor, sua
conversa poderá abrir-lhes os olhos. É bem
provável que se surpreenda com a boa vontade deles em tentar falar sua
linguagem do amor e, quando o fizerem, surpreender-se-á como seus sentimentos e
atitudes para com eles começarão a mudar. Quando os membros de uma família
começam a falar a primeira linguagem do amor um ao outro, o clima emocional
aumenta grandemente.
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