Manoa, homem que pediu sabedoria


A parceria na criação de filhos




Texto básico: Juízes 13.1-25

Texto devocional: Salmo 127.1-5

Versículo-chave

Então, Manoá orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer

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Sáb Ef 6.1-4
Dom Sl 128.1-6

Sansão nasceu numa época muito difícil na história do povo de Deus. Israel se afastara do Senhor, indo após os ídolos e deuses falsos dos países ao seu redor. Várias ve­zes encontramos a frase “fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor” ( Jz 2.11; 3.12; 6.1; 10.6). No livro de Juízes notamos um ci­clo que se repete: rebelião contra o Senhor, período de servidão ou sub­jugação por outras nações, seguidos de arrependimento pelos pecados e levantamento por Deus de um libertador, chamado juiz. O último versículo do livro de Juízes é muito triste e resume bem o estado da nação “cada um fazia o que achava mais reto” ( Jz 21.25).

Este versículo também podia ser usado  para descrever os dias em que nós vivemos no início do século 21 com seu relativismo! Cada um faz o que acha certo e melhor para si!

 Os pais de Sansão

Não sabemos muito a respeito dos pais de Sansão, apenas que Manoá era da tribo de Dã, que sua esposa era estéril e que os dois viviam sob o jugo dos filisteus. Mais uma vez o povo de Israel tinha se afastado do Deus verdadeiro, por isso Deus “os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos” ( Jz 13.1). A vida deve ter sido difícil para Manoá e sua esposa, e mais ainda com a falta da bênção de filhos.

1. Uma visita inesperada
Certo dia, quando a esposa de Manoá estava sozinha, ela recebeu uma visita inesperada e bem diferente! Era o Anjo do Senhor com a maravilhosa notícia que ela seria mãe. Que sur­presa! Isso nos faz lembrar de outras mulheres na Bíblia como Hagar, Sara, Isabel (mãe de João Batista) e Maria (mãe de Jesus), que foram visitadas pelo Anjo do Senhor para anunciar o nascimento de um filho.
O Anjo do Senhor avisou à mulher que seu filho seria diferente. Ele seria consagrado a Deus antes de nascer. Seria um nazireu, uma pessoa separada para Deus, mas um nazireu por toda a vida, diferentemente das demais pessoas que faziam esse voto por um período determinado. Em Nú­meros 6, encontramos os regulamen­tos quanto ao voto de nazireu. A Bíblia de Estudo NVI afirma que durante o período do voto de um nazireu, três áreas de sua vida eram controladas: dieta; aparência; associações. Veja Números 6.1-8.
Aquele filho seria usado por Deus para começar a livrar o povo de Israel do domínio dos filisteus. O Anjo do Senhor também avisou à mãe que ela, desde aquele momento, não deveria beber vinho ou bebida forte, nem comer coisas imundas.

2. A reação à visita
Que mensagem essa mulher recebeu! E ela creu, não duvidou! Foi correndo contar tudo ao marido! Ela disse que nem sabia o nome do men­sageiro, nem tinha perguntado donde viera. Se Manoá fosse um homem comum, teria achado que a mulher estava sonhando ou ficado louca. Teria questionado por que ela não perguntou o nome do mensageiro, por que ela foi a escolhida, como um filho deles podia livrar o povo dos filisteus, etc. Os homens geralmente são mais lógicos, enquanto as mulheres, muitas vezes, são mais sensíveis e guiadas pelo instinto feminino.

No casamento é muito bom quando se sabe usar juntos o raciocínio masculino, que, geralmente, tende mais à lógica, e a intuição feminina!
Parece que Manoá creu mesmo que sua mulher tinha recebido a vi­sita de alguém muito especial com a mensagem que ganharia um filho, e reconheceu que foi o próprio Senhor que o havia mandado.

 A oração de Manoá

Imediatamente, Manoá orou ao Senhor, dizendo: “Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus que en­viaste venha outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” ( Jz 13.8). É interessante notar que ele pediu a Deus que ensinasse a ele e sua esposa, os dois, e não somente a esposa!

Há esposos crentes que não oram com a esposa, não oram pelos filhos e acham que a tarefa de criar os filhos é da mulher. Há homens que se omitem! Tantas vezes é a mãe que ora sozinha, buscando a sabedoria do Senhor
É bom notar que, em Efésios 6.4, a palavra “pais”, no grego, é para os homens e não para homem e mulher. O pai tem a responsabilidade de criar os filhos “na disciplina e na admoestação do Senhor”. Os pais crentes devem seguir o exemplo de Manoá e orar para que o Senhor os instrua como criar seus filhos.
Deus atendeu à oração de Ma­noá, e o Anjo do Senhor voltou quan­do a mulher estava sozinha no campo. Imediatamente ela correu para buscar o marido. Manoá fez uma declaração de fé ao dizer “Quando se cumprirem as tuas palavras” e não “se” se cum­prirem! Mais uma vez perguntou ao anjo: “Como devemos criar o meni­no?” Os pais crentes constantemente devem fazer esta oração ao Senhor, e o Criador da criança vai orientá-los. Manoá também perguntou o que o menino faria ao crescer. Sempre há grande expectativa ao nascer uma criança: Qual profissão vai seguir? Vai ser como o pai ou como a mãe? Vai puxar o lado do avô paterno ou materno?
Ao ver o Anjo do Senhor subir ao céu, Manoá e sua esposa se prostraram com o rosto em terra e ficaram com medo. Manoá creu que morreriam, mas sua esposa de maneira bem sá­bia explicou que Deus não teria lhes revelado tudo e aceito a oferta deles se pretendia matá-los!
Quando o menino nasceu, de­ram-lhe o nome de Sansão, que quer dizer em hebraico sol ou brilho. Como a chegada do menino trans­formou aquele lar, e com que alegria Manoá e sua esposa observaram o crescimento físico e intelectual de Sansão! Mas, acima de tudo, como Sansão foi abençoado pelo Senhor ( Jz 13.24)!

Tantas vezes, hoje em dia, os pais crentes se preocupam apenas com o desenvol­vimento físico e intelectual dos filhos e negligenciam o desenvolvimento espi­ritual. Em Lucas 2.52 temos o perfeito padrão de desenvolvimento para a criança, exemplificado na vida do Senhor Jesus Cristo: “E crescia Jesus em sabedoria (intelectual), estatura (física) e graça, diante de Deus (espiritual) e dos homens (social)”.

 Parceria na criação dos filhos

“Os filhos são um presente do Senhor; eles são uma verdadeira bênção.” (Sl 127.3 NTLH)
Deus, na Sua Palavra, dá orienta­ções bem práticas para os pais sobre a criação dos filhos. Éfesios 6.4 registra as responsabilidades dos pais. Vejamos a primeira parte do versículo:

1. O aspecto negativo
“Pais, não provoqueis vossos filhos à ira” ou “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados” (NTLH). Geralmente, pen­samos que os filhos irritam os pais! Como é que os pais irritam os filhos?
• Regras demais – sempre dizendo “não”.
• Regras que mudam.
• Falta de regras ou limites.
• Críticas ou comparações.
• Preferência declarada por um dos filhos.
• Falta de tempo para os filhos.

2. O aspecto positivo
“Criai-os na disciplina e na admo­estação do Senhor”. Podemos resumir isso em três mandamentos básicos para os pais.

a. Amem – Todo ser humano precisa sentir que é amado e o amor dos pais é muito importante para um desenvolvimento sadio – mais do que bens materiais! Muitos pais tentam substituir a falta de tem­po com os filhos com presentes caros! Não há substituição para tempo de qualidade passado com os filhos.

b. Disciplinem – A palavra de Deus nos diz que “o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe”(Hb 12.6). Pais que amam seus filhos vão seguir o exemplo do Senhor, pois “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina” (Pv 13.24).

c. Ensinem – Cabe aos pais a tarefa de ensinar os filhos a honrar seus pais (Êx 20.12; Dt 27.16) e a serem obedientes (Ef 6.1). As crianças não nascem sa­bendo obedecer, mas têm que aprender! Um dos sinais dos “últimos dias” é justamente a falta de obediência – “os homens serão … desobedientes aos pais” (2Tm 3.2).

Pais têm que ensinar os filhos a:
• amar a Deus (Mc 12.30);
• amar o próximo (Mc 12.31);
• buscar fazer a vontade de Deus (Sl 143.10);
• buscar a verdadeira sabedoria (Pv 1.7; 8.13);
• ter valores verdadeiros (Mt 6.19-21).

Os pais ensinam por preceito e pelo exemplo e precisam ser crentes trans­parentes. É necessário que pai e mãe concordem quanto à maneira de criar os filhos. Tem de haver uma verdadeira parceria entre o casal.

3. Preocupação com o futuro do filho (Jz 14.1-3)
Pais crentes devem se preocu­par com o futuro dos filhos – seus estudos, sua profissão, suas amizades e desde cedo, devem ensinar-lhes os princípios bíblicos sobre o namoro (2Co 6.14-18).Casamento deve ser sempre “no Senhor” (1Co 7.39).
Vemos a grande preocupação de Manoá e sua esposa com o namoro e casamento proposto por Sansão – “Será que não há uma moça crente com quem você pode casar?”. Tantas vezes hoje os pais crentes ouvem a mesma resposta de Sansão – “Só ela é bonitinha!”. E quantos casamentos problemáticos!

Conclusão
Os pais crentes precisam cons­tantemente orar como Manoá “nos ensine o que devemos fazer”. A ver­dadeira parceria na criação dos filhos consiste de três pessoas: pai, mãe… e o Senhor!
Autor do Estudo: Professora Ann G. Barnett

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