Pai de oração

de Dennis Downing



Como pai, se eu pudesse só dar um conselho a outros pais, o que eu daria é o que vou falar neste texto
Ore por seus filhos. Não há coisa melhor, mais poderosa, ou mais eficaz que você possa fazer.
Marcos 9:14-29
vv. 14-16
Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles. Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo. Perguntou Jesus: “O que vocês estão discutindo?”
Os escribas, os “mestres da lei” já haviam acusado Jesus de expulsar demônios pelo poder de Satanás. Talvez agora estão acusando os discípulos da mesma coisa.
Ou discutindo outra questão de “doutrina”.
De qualquer forma, uma coisa é certa, as discussões doutrinarias deles não estão ajudando em nada o rapaz endemoninhado, nem o pai dele.
Se você é pai Cristão, cuidado para não perder de vista o essencial.
Muitos pais que se ocupam em discussões e debates acerca de detalhes doutrinários, descobrem depois que ganharam a “batalha da fé” e perderam a alma dos seus filhos.
Uma das atitudes mais importantes de Jesus aqui é o que ele fez e o que ele não fez.
Ele não entrou na discussão dos peritos em teologia.
Ele não entrou no debate sobre as picuínhas doutrinárias.
Ele ignorou a oportunidade de corrigir o erro dos outros.
Preste bem atenção no que Jesus não fez...
Jesus apenas fez uma pergunta.
Talvez você pensou que, com esta pergunta, o Mestre entraria também no debate.
Não entrou.
Por quê?
Porque a pergunta foi retórica.
Porque a pergunta foi, mais do que qualquer outra coisa, um protesto!
Parafraseando, quando Jesus perguntou “O que vocês estão discutindo?” ele estava perguntando “Como é que vocês estão aqui discutindo, quando tem uma criança agonizando no chão e um pai desesperado por ajuda?”
Como é que vocês conseguem se deter em detalhes no meio de uma tragédia familiar?
O que vocês estão discutindo que é tão importante assim?
Preste atenção no que Jesus não fez.
E depois, note o que ele fez.
vv. 17-19
Um homem, no meio da multidão, respondeu: “Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram”.
Respondeu Jesus: “Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino”.
Você notou o que Jesus não fez.
Agora, preste atenção no que Ele fez – “Tragam-me o menino”.
Onde está a dor?
Onde está o sofrimento?
Onde está o conflito que merece atenção?
Foi nestas coisas que Jesus focalizou sua atenção e seus esforços.
A saúde física, mental, emocional e sobretudo espiritual de seus filhos é de suma importância para Deus.
Não deveria ser para você também?
Você pode se ocupar com muita coisa nesta vida, mas, preste atenção onde Jesus focalizou a vida dEle.
Agora eu pergunto - onde está o seu foco?
Como Ele sempre fez nas coisas mais importantes, Jesus não mediu palavras.
Ele foi direto ao ponto – “geração incrédula”.
Geração incrédula.
Povo sem fé.
É forte, não é?
Alguém já lhe chamou de incrédulo?
Se eu chamasse esta igreja de igreja sem fé, como seria?
Como você iria se sentir?
Bem, se você não estiver orando, e orando mesmo por seu filho, você é igual a um incrédulo.
Você não acredita no poder de Deus.
Alguém disse “Quando oramos, nos humilhamos diante de Deus e confessamos: ‘Preciso da tua presença e do teu poder, Senhor. Não posso realizar isto sem ti’. Quando não oramos, estamos dizendo que não precisamos de nada além de nós mesmos.”
Quando oramos, estamos pedindo a Deus que Ele mesmo guie a vida dos nossos filhos.
Quando não oramos, quando não pedimos ajuda a Ele, estamos dizendo que basta o que a gente pode fazer.
E basta?
Para você, basta?
A resposta de Deus à nossa oração pode demorar.
Dias, semanas, meses, até anos.
Mas, se acreditamos em Deus, temos que confiar que a nossa oração não ficará sem resposta.
Talvez você esteja pensando “mas, eu oro todos os dias pelos meus filhos!”
Como é essa oração?
Será que é como a antiga ficha telefônica? Três minutos só?
É aquela ligação de três minutos que você faz, deitado na cama, já caindo no sono?
Esta é sua oração pela vida eterna dos seus filhos?
Pais, como é seu tempo de oração pelos seus filhos?
Quanta diferença será que uma hora por dia em oração faria pelos seus?
Aquela hora que você gasta surfando na Internet, assistindo jornal ou novela – vai valer quanto depois?
Se você mudasse aquele horário e usasse para oração, você sabe a diferença que faria?
Fica aquela pergunta, você é um pai de fé, ou mais um incrédulo?
vv. 20-22
Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. Jesus perguntou ao pai do menino: “Há quanto tempo ele está assim?” “Desde a infância”, respondeu ele. “Muitas vezes esse espírito o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.”
Quando Jesus pergunta ‘há quanto tempo ele está assim?’ dá para imaginar o tom de desespero na voz do pai: “Desde a infância”.
Nós estamos no meio de uma guerra espiritual.
Quando você começa a lutar pelos seus filhos, não pense que Satanás vai ficar parado.
Ele pode redobrar seus esforços, como fez com este menino.
Ele fez um show do poder dele sobre este menino.
Mas, não importa quão longe, ou por quanto tempo o inimigo domine seu filho – Jesus é maior.
Não desista de orar. Não desista nunca.
Eu não entendo porque, em alguns casos, pode levar anos para um filho se converter.
Sei que Deus não obriga ninguém a se arrepender, ou mudar de caminho.
Mas, ele tem os meios dEle.
Ele pode agir na vida e nas circunstâncias de uma pessoa.
E Ele agirá se você perseverar em oração.
vv. 23-24
“Se podes?”, disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”
Imediatamente o pai do menino exclamou: “Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!”
Esse pai foi sincero no ponto crucial.
O maior problema é justamente nossa falta de fé.
Cremos em Deus. Você está aqui, porque crê em Deus.
Mas, precisamos de mais fé.
Então, faça feito este pai – peça a Deus para ter mais fé.
vv. 25-27
Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: “Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele”.
O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, ao ponto de muitos dizerem: “Ele morreu”. Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé.
Vai ter muita gente que vai desistir de seu filho.
“Não adianta agora,” vão dizer.
“Ela já não volta mais”.
“Ele foi longe demais”, vão declarar.
O povo, olhando para o menino, disse que ele morreu.
Mas, quando Jesus tocou nele, ele se levantou.
Não é a opinião de tios, cunhadas, professoras, ou outros filhos que determina o estado de seu filho. É Jesus.
E se você ainda não desistiu, Jesus nem tampouco desistiu.
Não importa a idade de seu filho ou o como ele se afastou do Senhor, continue a orar por ele.
E quanto mais longe ele estiver, mais você deve orar.
vv. 28-29
Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que não conseguimos expulsá-lo?” Ele respondeu: “Essa espécie só sai pela oração (e pelo jejum)”.
A maior força para abençoar nosso filhos? Oração.
A chave para vê-los livres do inimigo? Oração.
O caminho para a salvação deles? Oração.
Não sou eu que digo.
É Jesus.
Agora só fica aquela pergunta, você acredita?
Você é um incrédulo, ou um pai, uma mãe de fé?
Então como vai ficar seu tempo em oração pelo seu filho daqui para frente?

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