Pai Abraão, o que aprender com ele.


TEXTO BÍBLICO – GENESIS 12.1-3
12.1   Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 12.2   de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 12.3   Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.

INTRODUÇÃO
A história de Abraão começa no capítulo 12 de Genesis e vai até o capítulo 25. São 14 capítulos contando a história da vida de um homem que foi chamado de “Abraão, Pai da Fé”.
Nos onze primeiros capítulos de Gênesis correspondem a um período de mais de dois mil anos. Temos a criação de Adão e Eva, Caim e Abel, o dilúvio, torre de babel. Deus tratou durante este tempo com todas as raças e com o mundo todo. Mas aqui, no capítulo 12, aconteceu uma mudança na forma de Deus tratar a humanidade. Deus passa a dispensar atenção especial a quatro homens, formando por meio deles uma nação para cumprir seus planos redentores: Abraão, Isaque, Jacó e José.
Desse ponto em diante, o livro de Gênesis não dá mais ênfase a eventos, mas passa a destacar a vida desses personagens. Deus queria formar uma nação, para que por meio dela todos os povos da terra fossem abençoados: Israel.
Abraão tem um destaque pois as três grandes religiões mundiais tiveram sua origem de alguma forma em Abraão. O judaísmo, o cristianismo e o islamismo são as religiões mundiais que reconhecem a importância de Abraão.
Quero convidar você a percorrer as páginas da Bíblia que estão contidas a história de Abraão, com um olhar especial na relação pai e filho, Abraão e Isaque. Vamos observar como agiu Abraão com seu filho e tirarmos lições para nós pais da atualidade.


O SONHO DE SER PAI
Deus aparece a Abraão e faz uma promessa: 12.2   de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. A pergunta que fazemos é: como ele seria pai de uma grande nação se sua esposa Sara era estéril: 11.30   Sarai era estéril, não tinha filhos. (Gn 11.30).
Abraão acreditava no Deus que fez a promessa, mas com certeza pelos olhos humanos era impossível a realização. Deus aparece novamente Abraão e refaz sua promessa: Genesis 15.1   Depois destes acontecimentos, veio a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. 15.2   Respondeu Abrão: SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? 15.3   Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro.
Veja que Abraão pergunta para Deus sobre o nascimento do seu filho.  Ele diz: Deus, continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é damasceno Eliézer.
Nós precisamos aprender a ser sempre sinceros e transparentes diante de Deus, expressando nossos sentimentos e dialogando com Ele. Deus nos concede essa liberdade. Abrão abriu seu coração dizendo que na sua percepção via que seu descendente seria Eliézer, o damasceno. Talvez você tenha o sonho de ser pai! Deus pode realizar este sonho!
Deus reafirma a promessa que fizera a Abraão: 15.4   A isto respondeu logo o SENHOR, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. 15.5   Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. 15.6   Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.
Veja que Deus diz que seu herdeiro não será Eliezer, mas aquele que fosse gerado dele mesmo. E conduz Abraão até fora da casa e manda ele olhar para os céus e contar as estrelas? Você já tentou contar as estrelas. Pois é, são muitas mesmos! Assim seria seus descendentes. E Abraão creu em Deus!


UMA DECISÃO PRECIPITADA
16.1   Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar, 16.2   disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai.
Quando Deus nos promete alguma coisa, podemos aguardar porque é suficientemente poderoso para não deixar a sua palavra voltar vazia. O que Ele prometeu, há de cumprir.
Agora, acabamos de ler que Sara, vendo que não dava filhos, teve a péssima idéia de resolver a situação com suas próprias forças. Ela pediu que Abraão tivesse uma relação com sua serva e que a engravidasse. Diz a Bíblia que Abraão aceitou a proposta.
Tudo isso serve para comprovar que nós, seres humanos, somos assim mesmo. Às vezes estamos num momento maravilhoso de comunhão, de intimidade com o Senhor, e logo depois estamos caídos, frustrados, temerosos, cheios de dúvidas, fraquejando diante das tentações e pecando. Essa é a natureza do ser humano. Hoje, nos montes da glória, amanhã, nos vales profundos e sombrios das incertezas.
16.3   Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã. 16.4   Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.
Depois que nasceu a criança o problema estava maior, Sara estava com ciúmes da serva, e ela que engravidou, desprezava Sara: 16.5   Disse Sarai a Abrão: Seja sobre ti a afronta que se me faz a mim. Eu te dei a minha serva para a possuíres; ela, porém, vendo que concebeu, desprezou-me. Julgue o SENHOR entre mim e ti.
Agora Sara joga a situação nas mãos de Abraão dizendo que a situação está insustentável, e que Abraão precisa escolher entre a Sara ou Agar: 16.6   Respondeu Abrão a Sarai: A tua serva está nas tuas mãos, procede segundo melhor te parecer. Sarai humilhou-a, e ela fugiu de sua presença.
É claro que Abraão fica com Sara, sua eposa, e Sara vai mandar embora Agar, humilhando esta pobre mulher.
Nossas escolhas precipitadas podem gerar problemas futuros. Se Deus prometeu que daria um filho, ele não é fiel para cumprir? Porque tentamos pegar atalhos para resolver a situação. E o resultado desta história vai ser terrível, pois vai nascer um menino chamado Ismael, e dizem os estudiosos que devido esta briga na família, nasceu as duas maiores religiões do mundo: islamismo e judaísmo.


NASCIMENTO DE ISAQUE
21.1   Visitou o SENHOR a Sara, como lhe dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido. 21.2   Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara. 21.3   Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera à luz, pôs Abraão o nome de Isaque.
Abraão tinha 100 anos de idade quando Isaque nasceu: 21.5   Tinha Abraão cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho. (Gn 21.5). Já havia passado para Sara a idade própria de ser mãe, ela tinha 90 anos. Se isso não bastasse, Sara ainda era estéril. O bom senso dizia: "Impossível!". A razão gritava: "Não pode ser!". Mas a fé diz: "Tudo é possível!". Abraão esperou 25 anos desde a promessa até Isaque nascer.
Deus cumpriu o que havia prometido, no tempo determinado! Não adianta pressa. O nosso relógio não é o relógio de Deus,  a nossa agenda não é a agenda de Deus. Ele tem seu tempo determinado!
O pai deve aprender que a cumplicidade mãe e filho é algo inestimável e por isso saber colocar-se no seu devido lugar. Nesse tempo o pai é especialmente protetor e contemplativo da relação intensa entre os dois: o que esteve dentro, no útero, e a que o acolheu, no útero. O pai, nessa época, é alguém como que de fora. Faz parte da relação, mas não partilha das primeiras revelações íntimas uterinas. À medida que os dias avançam, integra-se de maneira igualmente intensa e amorosa na relação filial. Assim, ser pai é saber cuidar sem ser cuidado, descobrir o ritmo do afastar-se e do aproximar-se, isso tudo sem ferir a si mesmo e ao outro, como que tomado pelo desvanecimento da exclusão e da inferioridade. Ser pai é não exigir para si o protagonismo da história da vida.


A ESCOLHA DO NOME
21.6   E disse Sara: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo. 21.7   E acrescentou: Quem teria dito a Abraão que Sara amamentaria um filho? Pois na sua velhice lhe dei um filho.
Isaque significa riso. Sara estava rindo de todo aquela situação, rindo de alegria. Quem diria que na velhice é possível ter um filho? Deus é Deus do impossível!
Escolha do nome - o primeiro nome está ligado a fantasia e o segundo a tradição. A religião é um fator de influência na escolha do nome dos filhos. Segundo a pesquisa do site, um a cada quatro bebês nascidos no Brasil ganha um nome ligado religioso – seja do Antigo Testamento, de anjos, santos ou líderes. Entres os evangélicos, a taxa de nomes religiosos sobe para 40%. Emanuel, Isaac, Esther e Rebeca são alguns deles.


INFÂNCIA
21.4   Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias, segundo Deus lhe havia ordenado.
                Na antiga aliança as crianças eram circuncidadas. Quando Deus estabeleceu a aliança com Abraão, ele instituiu a circuncisão como sinal e selo do pacto: 21.4   Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias, segundo Deus lhe havia ordenado
                 A circuncisão, por sua natureza, se aplicava apenas às pessoas do sexo masculino. Quando Jesus estabeleceu a nova aliança, Ele instituiu o batismo como sinal e selo deste novo pacto. Ele ordenou: “lde portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado" (Mateus 28.19).
                O apóstolo Paulo mostra que o batismo equivale à circuncisão. Ele escreveu: “Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos" (Colossenses 2.11,12).
                Veja  que as crianças eram circuncidadas ao oitavo dia. E porque não podemos batizar nossos filhos ainda recém-nascidos? Algumas igrejas alegam que eles ainda não são capazes de decidir. Então eu afirmo. Nenhum pai e nenhuma mãe perguntam ao seu filho, se ele deseja tomar um remédio ou uma vacina quando está doente. Nenhum pai e nenhuma mãe perguntam ao seu filho se ele deseja ir para a escola. Da mesma forma, não precisamos de sua opinião para consagra-lo ao Senhor através do batismo, e na sua idade adulta, decidirá se continuará nesse caminho.
Abraão dedicou seu filho a Deus, reconhecendo ser ele um presente do Senhor. Uma constante preocupação que temos com os filhos é suprir as suas necessidades, nos preocupamos em dar comida, cuidando de seus estudo e de roupas. Como pais, precisamos também nos preocupar em direcionar os filhos nos caminhos do Senhor. Preocuparmos em levá-los à igreja, estudar a Bíblia e ensina a orar. Ensinar a amar a Deus e obedecê-Lo.
Podemos lembrar aqui da importância da EBD. Funciona como um suporte, porque a responsabilidade religiosa dos filhos é dos pais. Tudo isso começa em casa. Na igreja deve haver uma continuidade dos ensinamentos e das atitudes aprendidas com os pais: “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões”. (Deuteronômio 6:4-9).
Tudo começa na infância.  Até os 7 anos, a criança está em formação da sua personalidade. A criança pequena é como uma esponja, pois absorve tudo o que lhe é ensinado. O que aprende nessa fase vai levar para o resto da vida. Quanto mais cedo conviver com a idéia de Deus, certamente isso será apreendido de forma mais profunda.
Não basta cuidar da vida física, intelectual e emocional, é preciso cuidar da vida espiritual!
Seu filho tem DVD que falam sobre Deus? Quem tem educado seu filho?

ILUSTRAÇÃO FAMÍLIA PESSEGUINI - O que falar do caso da chacina da família Pesseguini que o principal acusado é um adolescente de 13 anos. Ainda não sabemos o final da história, mas se for provado que o adolescente é o assassino, com certeza teremos que parar para pensar sobre o que significa um pai ensinar o filho a dirigir e a atirar.



ADOLESCÊNCIA
“Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete”. (Gn 21.8)
Abraão era um pai coruja. Fez uma festa, segundo o costume de seu tempo, quando Isaque desmamou. Como pai precisamos estar atentos a esses momentos especiais da vida de nossos filhos.
Ser um pai sempre presente. Saber a idade do filho, a série, e outros detalhes. Se seu filho for já crescido ainda existe esperança, você deve reassumir o controle da educação dos filhos, como? Passando algum tempo com eles, compreender suas opiniões e idéias, identificar o amadurecimento deles, buscar influenciá-los, dispor-nos a buscá-los e dizer isso a eles, ser acessível a eles. Inteirar-se a respeito das situações, e das esperanças de seu filho.
Pais devem incentivar relacionamentos na igreja. Grande parte dos adolescentes se afasta da fé porque não aprofundou suas habilidades dentro da igreja. Daí a necessidade de incentivar as crianças a “fazerem o social” com outros coleguinhas da igreja. Essa troca fortalece a vida espiritual delas. Muitos pais saem do culto correndo para casa e se esquecem de que os filhos precisam desenvolver essas amizades. Além disso, os pais precisam mostrar a alegria de estar na igreja para que os filhos desejem permanecer mais tempo ali.
É também na fase da adolescência que o exemplo dos pais em relação à prática da fé cristã é colocado à prova. É muito além de ir à igreja. Ou seja, os atos precisam condizer com o discurso dentro de casa. Se os pais estão convictos de sua fé, os filhos se sentem seguros e desejam acompanhá-los em suas escolhas e decisões
Pais são exemplos - Os sermões mais convincentes são os pregados em casa, na sala de estar, às refeições, nos momentos de lazer. Creio que o exemplo dos pais é fundamental para motivar o adolescente a permanecerem na igreja e nos caminhos de Deus.

Provérbios 22:6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Esse versículo é muito forte e contundente. O problema é que os pais muitas vezes não ensinam os filhos “no” caminho em que devem andar, mas ensinam “o” caminho em que devem andar, e os próprios pais andam por outro caminho. Não adianta deixar o filho na porta da igreja e voltar para casa.
É claro que a igreja precisa ser contextualizada. A igreja precisa ser criativa e contextualizada com o mundo atual para atrair as crianças e os adolescentes às suas atividades. Abordar os assuntos atuais.
Temos nesta fase as pressões do grupo, primeiro contato com as drogas, distúrbios alimentares (anorexia, bulimia) a ditadura da beleza, comportamentos sexuais (o perigo da gravidez não planejada e  Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Não basta ter filhos brilhantes, bem sucedidos, é preciso ter filhos salvos, consagrados a Deus. Devem ser criados para realizar os sonhos de Deus.
Abraão é chamado a sacrificar Isaque quando este já tem 14 anos (Gn 22.1-27). Ao todo, são 39 anos desde o dia da promessa até o dia em que Deus pede Isaque de volta a Abraão. Agora, Abraão, de posse da promessa, escuta Deus lhe falando: "Abraão, agora desista; dê-me seu filho; renuncie-o; entregue-o a mim em sacrifício".
22.1   Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! 22.2   Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
                Imagine a cena dolorosa de um pai abraçando o cadáver de seu filho, morto num trágico acidente. O pai dizia: "Oh, filho, por que teve que ser você? Ah, se eu pudesse dar minha vida em substituição à sua. Eu já vivi tudo que tinha direito, você só tem vinte anos. Ah, filho, por que Deus não aceita que eu morra em seu lugar?".
                Para Abraão era Isaque o que ele tinha de mais precioso. Ele é chamado de filho de promessa. Sara era estéril e Deus prometeu que Abraão seria pai de uma grande nação. Provavelmente Isaque nasceu, fruto da promessa e do milagre da gestão,  quando Abraão tinha 100 anos e Sara 90 anos. Eram os chamados avós-pais.
                Abraão obedeceu sem hesitar. Ele levantou-se de madrugada: 22.3   Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
                Imagine Abraão na manhã seguinte arrumando a lenha, despertando o filho para iniciar a jornada, chamando os servos para acompanhá-lo. Imagine três dias de caminhada subindo o monte, sem poder falar nada para o filho. Imagine-o vendo o filho na flor da vida, caminhando rumo a morte. Imagine-o chegando ao topo da montanha. O filho pergunta: 22.7   Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
                Podemos destacar a obediência de Isaque ao seu pai Abraão. Temos hoje uma geração que desrespeita os pais, agridem com palavras, filhos ingratos, como diz a palavra de Deus em Timóteo: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes” (2 Timóteo 3.1-2). Em nenhum momento do texto percebo Isaque reclamando, brigando: “eu tenho que levar isso tudo sozinho”; “ta pesado pai”; “eu não vou com você para o monte”. Mas a postura de Isaque nos chama a atenção: obediência, obediência e obediencia.
                Muitos que leem essa passagem bíblica sem o cuidado de analisa-la por completo, podem cair no erro de acha que Deus queria que Abraão matasse seu próprio filho. Mas temos o fechamento desta história com o livramento que Deus deu a Abraão providenciando o carneiro.
                22.9   Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; 22.10   e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. 22.11   Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! 22.12   Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. 22.13   Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
                Quando Abraão pensou que chegara o momento fatal, quando já não via esperanças humanas, quando todas as suas esperanças estavam esgotadas, sua fé iria até o fim, até a obediência final, quando sua mão estava para cair, o Anjo do Senhor bradou: "Abraão, pára! Eu queria saber até onde ia chegar a tua fé." Abraão tinha andado durante três dias e nada de salvamento! Foi no momento fatal, no segundo final que o milagre aconteceu.
                Abraão creu em Deus. A experiência de Abraão foi citada no livro dos Hebreus: “17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (Hb 11.17-19).
                Jesus explica a profundidade do sacrifício e medida de amor de um pai ao filho: 10.37   Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim (Mt 10.37-39).
                Não estou dizendo que Abraão não amava seu filho, mas que amou mais a Deus do que o próprio filho.
                Você daria seu filho adolescente para Deus? Você entregaria seu filho adolescente para ser um pastor? Meu filho vai ser médico, advogado, empresário, meu filho nasceu para seu o melhor. E Deus não pode querer o melhor?
               

JUVENTUDE
24.2   Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa, 24.3   para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito; 24.4   mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho.
Além de ter preparado uma boa base moral e emocional para o filho, Abraão se preocupou com a futura vida familiar de Isaque. Abraão orientou seu filho Isaque a ter uma esposa cristã. Se ela não fosse uma mulher crente, certamente teriam problemas. Um casal é mais feliz quando canta a mesma música. Se não for assim, depois de casados um vai querer ir para a igreja e o outro para o bar com os amigos. Casar-se com um ou uma descrente é casar-se, muitas vezes, com as suas descrenças. Imagine se a garota sonha em ser médica e o garoto não gosta de estudar. Como será isto? Um vai querer falar sobre seu mestrado e doutorado, e o outro tem dificuldade de simplesmente ler. Com certeza não dará certo.
É nesta idade que acontece o ingresso na universidade e a escolha da carreira.


IDADE ADULTA
24.67   Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe.
Sua mãe Rebeca já havia morrido e seu pai Abraão já estava bem velho.
Neste momento da vida acontece a chamada sindrome do ninho vazio. O filho se casa e muitas vezes deixa sofrimento no coração dos pais, o sentimento de solidão, viuvez, morar sozinho.
Outro desafio desta idade é reconhecer o filho como adulto - Mesmo depois de terminado o período de criação ativa dos filhos e de eles terem saído de casa para sempre, os pais ainda são pais. O papel de meia-idade dos pais para jovens adultos levanta novas questões e exige novas atitudes e novos comportamentos por parte de ambas as gerações. Alguns pais têm dificuldade para tratar dos filhos como adultos, e muitos adultos jovens têm dificuldade para aceitar que os pais continuem se preocupando com eles.
Filhos desviados - Esta preciosa promessa foi real na vida do pastor Billy Graham. Billy Graham é considerado o maior evangelista de todos os tempos. É o homem que pregou para o maior número de pessoas até hoje. Pregou o evangelho literalmente no mundo todo. Mais de 210 milhões de pessoas participaram de suas cruzadas evangelísticas. Milhões entregaram suas vidas ao Senhor Jesus Cristo. Mas mesmo um grandioso pastor como ele, enfrentou várias dificuldades com seus filhos, especialmente com Frankilin.


CONCLUSÃO
Abraão se levanta como um exemplo de Pai. Um homem que tinha o sonho de ser pai, e mesmo com sua pressa por esta realização, Deus foi gracioso e concedeu Isaque em seus braços. A escolha do nome, a circuncisão, a adolescência de Isaque, vemos um pai participativo, um pai coruja, um pai presente.

Vimos que Abraão amava mais a Deus do que Isaque. Quando Deus pediu, não hesitou em sacrifica-lo. Por isto é chamado pai da fé, pois deu a Deus aquilo que ele tinha de mais precioso, seu próprio filho. Abraão se preocupava com o futuro de seu filho, com sua futura esposa. Com certeza, morreu, mas deixou um legado na memória de seu filho querido.

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