Dia 29 – Buscando sabedoria e discernimento

Marcadores:


Nós pais não podemos ter a certeza de que nossos filhos vão agir de maneira certa a não ser que tenham os dons de sabedoria, revelação e discernimento e, também, um ouvido sintonizado a voz de Deus. O único meio de garantir esses dons é buscar a Deus pedindo-os. A bíblia diz: “se, porem, algum de vos necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos da liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-a concedida. 

Oração 
Senhor
Peço que tu concedas os dons de sabedoria, discernimento e revelação a ____________________ . Ajuda-o a confiar em ti de todo o teu coração, sem depender do próprio entendimento. Ajuda-o a reconhecer a tua presença em seus caminhos para que possa ouvir com clareza a tua orientação sobre que direção tomar. Ajuda-o a discernir o bem do mal e ser sensível a voz do Espírito Santo, dizendo: “Este é o caminho, andai nele” Sei que para ser feliz, ele precisa ganhar sabedoria e discernimento e isto, de acordo com a tua palavra, traz vida longa, riqueza, reconhecimento, proteção, satisfação e felicidade. Desejo tudo isso para ele, mas que venham como bênçãos tuas.
A tua palavra diz: “o temos do Senhor é o principio da sabedoria, e o conhecimento do Santo, prudência.”
Que o temos saudável e o conhecimento de ti sejam a base a qual sejam firmados nele a sabedoria e o discernimento. Que ele busque a ti quando tiver que tomar decisões, para não fazer opções erradas. Ajuda-o enxergar que todos os tesouros de sabedoria e conhecimento estão escondidos em ti, e que tu os concedas livremente quando te pedimos. E quando ele buscar sabedoria e discernimento em ti, Senhor, derrama-os liberalmente sobre ele para que seus caminhos sejam de paz e de vida.

Armas da guerra
A lei do Senhor e perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e da sabedoria aos símplices.
Salmos 19:7
O principio da sabedoria é: Adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o entendimento. Estima-a, e ela te exaltara; se a abraçares, ela te honrará
Provérbios 4:7-8

28 – Destruindo fortalezas malignas

Marcadores: ,


Você já notou em seu filho alguma coisa que o incomoda, mas não consegue identificar? Quando isso acontecer, não ignore essa percepção que Deus lhe deu. Peça a Ele que revele o que sua intuição esta detectando. Nos vivemos do lado do Criador do universo, que sabe perfeitamente o que esta acontecendo e que precisamos pedir-lhe sabedoria e revelação.

Oração:
Obrigada por prometeres em tua palavra nos libertar quando clamamos a ti. Eu venho a ti para interceder por _____________ e pedir que tu o (a) livres de toda malignidade que possa se tornar fortaleza em sua vida. Embora eu não saiba do que ele precisa ser libertado, tu o sabes. Peço, em nome de Jesus, que tu lhes dês livramento sempre que necessário. Sei que embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus pra destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus.
Da-me sabedoria e revelação em relação a ele. Sei que existem áreas em que o inimigo opera, áreas que não posso ver e por isso confio em ti, Senhor, para me revelares quais são quando preciso conhecê-las. Fala ao meu coração. Mostra-me como orar quando houver desassossego em minha alma em relação ao meu filho. Mostra-me tudo o que eu não estiver enxergando e permite que tudo que esta escondido venha a luz. Se houver atitude eu deva tomar, confio em ti que me mostres. Obrigada por me ajudares com meu filho.

Armas de guerra
Pois nada há encoberto que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a ser conhecido.
Mateus 10:26

O Casal Cristão: Duas Vontades, Dois Senhores ou Um Só Deus?


Jaime Marcelino

Graciosamente, minha digníssima esposa e eu completamos recentemente 25 anos de casamento! Quanta festa! Quanto louvor ao Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória! Mas também, quanta necessidade de reflexão acerca da nossa curta caminhada – Temos verdadeiramente cumprido nosso papel como esposo, esposa e pais? É ela, ainda, a "delícia dos meus olhos"1? É ele, ainda, para mim (esposa) o que desde o início eu dizia: "O meu amado é meu, e eu sou dele"2? Temos ouvido dos nossos filhos, estando na idade da razão, a bela expressão: "Papai e mamãe, queridos, nós queremos, no Senhor Jesus, que nosso casamento seja como o de vocês dois"?
Será que estamos diante de uma utopia, de um sonho, ou de um ideal divino? Se nós cremos nas Escrituras Sagradas, não restará dúvida alguma quanto a ser o casamento uma proposição do Criador que não só O glorifique, mas também seja uma notável agência onde consolo, alegria, fé e amor ganham maior fervor e realismo! Procuremos demonstrar isso mediante uma rápida visão Bíblica afim:
1) Logo antes da queda, vemos Adão cheio de discernimento a prorromper com um dos mais belos poemas de toda a existência humana, dizendo: "Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada"3. Você acha que isso é pouca coisa? Ou você não percebe que ao receber sua mulher, das dadivosas mãos do Criador, Adão mostrou-se alegre, consolado e cheio de gratidão ao Deus da promessa, que cumpriu a Palavra que havia dito: "Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea"4?
Oh! Como consolo, alegria, amor e fé faziam parte do dia do primeiro casal! Daí ser certo afirmar que o Criador, por Sua vez, prorrompeu alegremente, ao instituir o primeiro casamento, como está escrito: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom"5!
2) A seguir, já tendo o pecado entrado no mundo, a experiência das angústias face à morte pôde ser vista na vida de Isaque, pois ficou sem a companhia da sua querida mamãe. No entanto, apesar da sua idade "avançada", o Senhor Deus lhe providenciou outro significativo e mais duradouro consolo – sua amada Rebeca! Por isso está escrito: "e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe"6.
Oh! Mesmo diante das muitas dificuldades, bem sabemos o quanto Isaque temia o Deus todo poderoso e, por isso, andava nos Seus caminhos! Por essa razão, aquele patriarca e sua bela esposa desejaram ver seus filhos também casados no Senhor, o Deus da aliança! E Jacó foi o patriarca que pode dar continuidade ao eterno propósito divino, uma vez que da sua família viria o descendente prometido! 
3) Pensemos também no exemplo de um marido exemplar, cujo nome era Boaz! Este casou com uma mulher reconhecidamente "virtuosa", e ela, Noemi, casou com ele, Boaz, um homem cheio do temor do Senhor, respeitoso e resolutamente amoroso7!
4) Estando sem tempo para falar de outros gigantes do passado (Ex: o profeta Ezequiel), os quais se tornaram exemplos de fé e temor ao Senhor, passo a citar um dos mais notáveis textos bíblicos do N. T. que demonstram ser o matrimônio grande fonte de consolo, alegria, fé e amor. Trata-se dos escritos do apóstolo Pedro, que claramente utilizou as Escrituras do Antigo Testamento para fundamentar seu ensino. Pensemos, pois, no que ele ordenou aos maridos crentes no Senhor Jesus Cristo, dizendo-lhes: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar com discernimento; e, tendo consideração para com vossa mulher, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações"8. Perguntemos o seguinte: Não goza grande prazer o marido que tem a experiência de estar junto (ao habitar) com o seu mais próximo que é "a mulher da sua mocidade"? Qual esposa não deseja ser tratada de modo honroso pelo seu marido? Afinal, não está escrito: "Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para corpo"9? E o que dizer do ambiente cristão dum lar, cujo marido amorosamente lidera sua esposa e esta, por sua vez, o respeita? Tal atmosfera não redundará em louvor e adoração? Ora, é a isto que o apóstolo chama de propósito último do casamento, ao dizer: "para que não se interrompam as vossas orações". Pelo que o "viver a vida comum do lar com discernimento" é o reflexo do marido que conduz a sua mente cativa à Palavra do Senhor Jesus. E o resultado de tal submissão à Palavra é que o homem será "bem-aventurado" no seu doce lar cristão! Ou seja: O esposo e sua esposa, orando juntos no dia a dia, crescerão na "graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo"10. Logo, nesse lar, consolo, alegria, amor e fé serão o claro distintivo de vidas cheias do Espírito Santo e do "temor de Cristo"11!
Mas, apesar da existência do ideal divino para o matrimônio, os casais se deparam com outra dura realidade – a exigência que a vontade de cada cônjuge faz para que haja satisfação pessoal e o seu ego prevaleça! Então, a vida de fidelidade aos votos matrimoniais dá lugar ao "eu" do egoísmo, gerando amargura, insubmissão orgulhosa e não poucas dores e angústias! 
Quanto às esposas, no geral, pervertem a ordem natural, na qual o marido deixa de ser sua prioridade, enquanto elas buscam satisfação tão somente nos filhos. Pior ainda é quando a esposa resolve tomar suas próprias decisões, numa demonstração de escravidão ao "eu carnal". Por causa disso, deixa de experimentar a liberdade de uma "mulher virtuosa", que diz ao seu amado esposo: "aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu [...] o teu Deus é o meu Deus"tribulação e angústia"; afinal, egoísmo, mundanismo e ansiedade estarão sempre presentes onde não há confiança no Deus Vivo ou onde não mais se diga de coração: "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu"13!
Quanto aos maridos, o que dizer deles, os quais foram chamados para exercer uma liderança amorosa, gerando segurança, alegria e bom ânimo a sua digníssima esposa? Ora, não é incomum encontrarmos hoje maridos vivendo como se ainda fossem solteiros, quase que afirmando: 'A vida é minha e dela faço como eu quero'! Ora, é fácil verificar que muitos esposos estão voltados para si mesmos; para isso, basta que consideremos o lugar que as redes sociais modernas ocupam no seu coração. Quanto a isso, não é verdade o grande tempo dispensado em frente ao computador? Veja-se, por exemplo, como a participação em lista de grupos afins, onde ler e postar coisas de interesses pessoais se tornou um grande vício. Então, muitos maridos não dormem sem que antes chequem suas mensagens e, quando acordam, fazem o mesmo!
Ora, bem que poderia listar tantas outras coisas que se interpõem entre o marido e sua esposa, mas basta citar o lugar que é dado ao esporte, às conversas com os amigos, ao trabalho, etc., e saberemos que tudo pode ser resumido numa palavra: servidão aos senhores da modernidade! E tal servidão não passa de egoísmo bem nutrido, que é o oposto da chamada que o marido recebeu para "viver a vida comum do lar com discernimento"! Então, mais uma vez pensemos: Em tais lares, tem tido lugar para amor, consolo, alegria e fé no Senhor Jesus? Nós, maridos, temos podido dizer: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor"?
Qual é, pois, a solução para tal problema? Que devem fazer maridos e esposas em tais casos? Sugiro que devamos refletir em três verdades fundamentais, a fim de que o esposo e sua esposa abram mão de suas vontades, desprezem a servidão aos seus senhores modernos e se submetam ao Deus verdadeiro. Ei-las a seguir:
1. Arrependimento. A cada dia, os crentes necessitam de olhar para o que fizeram, à luz da Palavra do Senhor, e, com a mesma visão de Deus acerca do pecado, confessar seus pecados! Em outras palavras, maridos e esposas precisam andar na luz, a fim de que o sangue de Jesus lhes purifique de todo pecado (Cf. 1Jo 1: 5-9).
2. O temor do Senhor. A única maneira de combater eficazmente os temores de ser infeliz, de ficar enfermo, da solidão, do desemprego, da opinião dos homens, etc., é o temor de Cristo! Ou seja, a fé que ouve com mansidão a palavra que diz: "santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração", dirá NÃO a todos os demais temores! Por quê? Porque tal fé descansará na certeza de que seu Senhor é nada menos do que o Jesus Cristo exposto pelo livro de Apocalipse – "... O Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos"14. Sim! A fé no Senhor Jesus Cristo o vê como Aquele a quem Deus "o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome..."15. Ora, é para essa fé que se diz: "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor"16.
Oh! Maridos e esposas! Haverá tempos mais difíceis do que os vividos pelos cristãos dos dias do Novo Testamento? No entanto, eis como o "temor a Cristo" caracterizava a Igreja daqueles dias – "Em cada alma havia temor [...] A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor... "17.
3. O pensar concordemente no Senhor. Em que sentido esse pensar concordemente no Senhor se faz necessário a todo casamento? Se nós sabemos que tal exortação foi dirigida a duas preciosas irmãs em Cristo – "Evódia e Síntique" – não nos surpreenderemos de que os conflitos comuns entre os casados serão solucionados à medida que ele e ela se ajustarem ao modo de pensar (ou à mesma atitude) de Cristo. Ou seja: Se creio que Ele "subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou [...] a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de Cruz"18, não buscarei eu estar em harmonia com Ele? Afinal, não importa tanto o que penso ou sinto, mas o que meu Senhor prescreveu para mim em Sua Palavra. E, sendo Ele "meu Senhor", não é o meu mais profundo desejo fazer a Sua vontade?
Então, arrependido e cheio do temor de Cristo, a quem terei que prestar contas diante do Seu tribunal (cf. 2Co 5:9-11a), procurarei desempenhar o papel que a mim foi dado, seja como marido, seja como esposa!
Finalmente, caríssimos irmãos em Cristo, maridos e esposas: Hoje graciosamente temos entendimento; por isso, sabemos que estamos no verdadeiro: Jesus Cristo. "Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna"19. Então, continuemos nossa caminhada como casados; seja com apenas um ano de casamento, seja completando bodas de prata, de ouro ou de diamante; o que importa é que nossa fé esteja firmada no Senhor Jesus Cristo. Assim, certamente, gozaremos de modo crescente o que nosso Deus providenciou para os casados no Senhor: amor, consolo e alegria!
Oh! Que nossos filhos e filhas encontrem, pois, em nós motivo para dizer: Papai e mamãe, nós queremos que nosso casamento seja como o de vocês!
Oh! Quão "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!"20.



1 - Ezequiel 24: 16, 18
2 - Cantares 2: 16
3 - Gênesis 2: 23
4 - Gênesis 2:18
5 - Gênesis 1: 31
6 - Gênesis 24: 67
7 - Rute 3: 10, 11, 18, 13
8 - 1 Pedro 3: 7
9 - Provérbios 16: 24
10 - 2 Pedro 3: 18
11 - Efésios 5: 18-33
12 - Rute 1: 16,17
13 - Mateus 6: 10
14 - Apocalipse 1:5, 6
15 - Filipenses 2: 9-11
16 - Filipenses 2: 12
17 - Atos 2: ; 9: 31. Cf. Efésios 5: 21
18 - Filipenses 2: 6-8
19 - 1 João 5: 20
20 - Salmos 128

A Educação dos Meus Filhos


Paulo César

À influência intencional e sistemática sobre o ser juvenil, com o propósito de formá-lo e desenvolvê-lo, denominamos educação. Ela é parte integrante essencial da vida do homem e da sociedade e existe desde quando há seres humanos sobre a terra. A educação cristã tem por objetivo proporcionar ao educando não apenas a obtenção de conhecimentos variados uns dos outros e da sua própria constituição física e moral, mas também conceder uma visão integrada e coerente de vida, relacionada com o Criador e com os Seus propósitos. Isto só será uma realidade se as mentes forem formadas pelos ensinos das Santas Escrituras, ou seja, em que os preceitos do Senhor sejam a base para a educação. É o temor do Senhor o princípio da sabedoria!
O presente artigo reproduz, na verdade, o conteúdo de dois folhetos anteriormente publicados pela Editora Fiel. Eles se apresentam na forma de duas importantes perguntas no tocante à educação dos filhos. A primeira parte, procura responder a pergunta .quem é responsável pela educação de meus filhos?. e foi originalmente escrita pelo Dr. Paulo César Moraes de Oliveira. A segunda parte reúne diversos argumentos em resposta à pergunta .Por que a escola evangélica?.
Nosso objetivo em trazer novamente à lume estes dois singelos textos é que possamos examinar as nossas responsabilidades como crentes e fazer muito mais do que temos feito no sentido de promover os princípios bíblicos na educação dos filhos, e fomentar a promoção e disseminação da verdadeira educação cristã.
I - QUEM É RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO DE MEUS FILHOS?
A educação e a formação acadêmica tornaram-se uma constante preocupação de pais, em sua luta por garantir aos filhos um lugar adequado na sociedade. Diante de uma variedade de filosofias educacionais, os pais se vêem muitas vezes confusos em relação ao melhor caminho a seguir. Fortes correntes educacionais têm criado grande impacto não somente nas salas de aula, mas também em muitos lares conscientes de que a educação familiar é o alicerce para o desenvolvimento acadêmico da criança. Embora a discussão destas filosofias educacionais vá além dos limites deste artigo, cabe mencionar que a filosofia humanista, que considera o homem o centro do universo e deriva toda sua temática do pensamento humano, tornou-se a base dos diversos movimentos educacionais que vêm ganhando ímpeto neste século.
Entretanto, para os pais que têm suas vidas governadas pelos princípios das Escrituras Sagradas, a filosofia educacional a ser seguida é clara: .E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. (Efésios 6.4).
Neste texto, o verbo criar (no grego) se refere a cuidar e nutrir com um foco específico na criação de filhos. Este cuidar compreende a educação desde a infância até à maturidade, isto é, o completo desenvolvimento do ser humano, abrangendo todas as dimensões de sua pessoa. Lucas refere-se a estas dimensões em relação ao desenvolvimento do Senhor Jesus Cristo nestes termos: .E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. (Lucas 2.52).
Verificamos que Jesus se desenvolvia intelectualmente (em sabedoria), fisicamente (em estatura), espiritualmente (em graça diante de Deus) e socialmente (em graça diante dos homens). São estas as quatro áreas específicas a serem focalizadas no processo de criação dos filhos. O desenvolvimento sadio, consistente e equilibrado de uma criança não será completo, se uma destas áreas for negligenciada. Cultivar estas áreas de crescimento na vida dos filhos é levá-los a atingir a maturidade, a ponto de se tornarem obreiros aprovados, capacitados a fazer a vontade de Deus e, assim, glorificá-Lo.
O princípio vital para que a criação de filhos se realize biblicamente é que a desafiadora e importante tarefa de criar os filhos é responsabilidade exclusiva dos pais. A ninguém será pedido contas a respeito da criação de filhos exceto aos pais, a quem Deus explicitamente ordenou que criassem e se responsabilizassem pelo desenvolvimento de seus filhos.
Embora outros venham a influenciar o seu desenvolvimento, cabe aos pais filtrar esse fluxo de influências, pois o processo de criação como um todo é responsabilidade exclusiva deles. Essa tarefa, ordenada por Deus, é grandiosa e difícil, porém perfeitamente viável, pois Aquele que a ordenou também fornece os meios com os quais realizá-la. Deus não somente ordena que criemos nossos filhos, mas também que o façamos na disciplina e admoestação do Senhor.
Nosso segundo princípio é que a criação dos filhos em sua totalidade deve ser de acordo com a Palavra de Deus, sendo o objetivo maior que a criança seja transformada segundo a imagem de Cristo e chegue à sua estatura. No decorrer desta criação almeja-se que a criança se desenvolva com uma perspectiva bíblica que abranja todas as áreas de sua vida.
Deus e seus princípios não devem ser somente uma área a mais no desenvolver da criança, mas a base através da qual tudo deve ser visto e avaliado. Isso implica que, ao longo do processo educacional, tanto o ensino de preceitos morais quanto de História, Matemática, Estudos Sociais e demais matérias devem ser efetuados de uma perspectiva bíblica. Só assim a criança obterá uma compreensão completa e coerente da interação entre Deus, o homem e o universo. É apto para essa tarefa somente o educador cristão com um ponto de referência absoluto para distinguir o certo e o errado, a percepção correta da depravação total do homem e da soberania de Deus.
Assim, cada aspecto da criação dos filhos tem de ser arraigado em princípios bíblicos para que frutifique em louvor e glória Àquele que criou todas as coisas. Esta é a maneira ordenada por Deus para a criação de filhos e que se distingue claramente dos padrões seculares. Muitos lares cristãos aderem a uma mistura de padrões seculares com verdades bíblicas, na esperança de que estas prevaleçam; contudo, o modo de educar ordenado por Deus é claro, e sua adulteração, por mínima que seja, compromete os resultados.
Considerando esses dois princípios . os pais são responsáveis pela educação de seus filhos até a sua maturidade, e esta educação tem de ser de acordo com a Palavra . podemos concluir que qualquer pessoa ou entidade que colabore na criação e educação de filhos deva fazê-lo conforme a instrução dada aos pais, isto é, na disciplina e admoestação do Senhor.
Assim sendo, perguntemo-nos: estarão nossos filhos sendo ensinados por educadores que possuem o mesmo objetivo que o nosso, isto é, transformá-los segundo a imagem de Cristo? Há consistência entre aquilo que ensinamos a nossos filhos e o que eles estão aprendendo na sala de aula? Existe entre nosso lar e a escola uma disputa de interesses, princípios e objetivos? É sempre Cristo o centro na criação dos nossos filhos? Estarão nossos filhos aprendendo que só existe um Deus que nos ensina como avaliar todas as coisas ou estarão aprendendo que existem várias alternativas dentre as quais podem livremente escolher? Sem dúvida, tal inconsistência causa enormes danos em muitos lares cristãos onde o maior perdedor será nosso filho, que se vê em conflito diante de objetivos antagônicos. Crianças estão convivendo com essa duplicidade de enfoque que os enfraquece e os limita em um desenvolvimento completo, coerente e que glorifica a Deus.
II - POR QUE A ESCOLA EVANGÉLICA?
PORQUE...
Jesus Cristo deve receber a preeminência em todas as coisas, inclusive, necessariamente, na educação dos estudantes.
PORQUE Jesus Cristo é a chave da educação, visto que nEle estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.
PORQUE a educação deve ser Cristocêntrica, porquanto educação que omite Deus, ou que não lhe confere o merecido lugar, não O honra.
PORQUE uma escola genuinamente evangélica fornece uma sã educação acadêmica, integrada com a Palavra de Deus, onde o propósito mais elevado da vida é a honra e glória do Senhor. As escolas seculares, por outro lado, não ensinam um sistema de valores coerente com a Bíblia.
PORQUE é a Bíblia que fornece uma perspectiva verdadeira que deve moldar o estilo de vida do estudante, bem como seus conceitos sobre Deus, o homem e o mundo.
PORQUE existem muitas diferentes filosofias de vida, mas somente o cristianismo é a verdadeira filosofia, porquanto Deus ordenou que todo o pensamento seja cativo à obediência a Jesus Cristo.
PORQUE a filosofia de vida cristã e a filosofia de vida secular estão em conflito uma com a outra, sendo impossível harmonizá-las entre si. PORQUE uma escola secular não encoraja, nem mesmo pode encorajar um estudante a amar ao Senhor de toda a sua mente.
PORQUE o temor ao Senhor, que é o princípio da sabedoria e do conhecimento, não é ensinado nas escolas seculares, mas, antes, é cuidadosamente rejeitado.
PORQUE Satanás, que é o enganador, um mentiroso voluntário, o príncipe deste mundo maligno, controla a educação secular, utilizando-a como uma das principais armas contra as verdades do cristianismo.
PORQUE a educação secular está alicerçada exclusivamente sobre a razão humana, ao passo que a educação evangélica está baseada sobre a revelação divina.
PORQUE as escolas seculares não ensinam a depravação da natureza humana, mas, antes, educam os estudantes com base no conceito de que o homem é um ser bom por natureza.
PORQUE a teoria da evolução é uma mentira, e nenhum sistema educacional baseado nela pode primar pela verdade.
PORQUE não existe tal coisa como temas seculares, visto que toda a verdade deriva-se de Deus.
PORQUE os seríssimos problemas das drogas, da imoralidade, do desrespeito às autoridades, da ausência de disciplina pessoal e dos baixos níveis acadêmicos estão em ascensão na maioria das escolas seculares, e essas escolas não sabem como solucionar tais problemas.
PORQUE uma escola genuinamente evangélica ensina os estudantes a respeitarem os líderes do governo, em posição de autoridade. Essa atitude enfatiza a relação que existe entre o respeito e a obediência às pessoas investidas em posições de autoridade e o respeito e a obediência a Deus.

PORQUE os padrões de moralidade devem alicerçar-se somente sobre a Bíblia e não sobre situações éticas como as escolas seculares ensinam.
PORQUE as atividades das escolas seculares pertencem exclusivamente a este mundo, excluindo Deus e os seus caminhos.
PORQUE os alunos de uma escola evangélica são ensinados a perceberem a relação que há entre a Bíblia e a totalidade da vida e do processo de aprendizado.
PORQUE uma escola genuinamente evangélica ensina aos estudantes que todas as suas aptidões derivam se de Deus, devendo serem usadas tendo em vista a honra do Senhor.
PORQUE não há tempo, nem condições suficientes, quer no culto doméstico, quer nas igrejas, para combater todas as influências adversas de uma educação secular.
PORQUE não existe professor escolar totalmente neutro, que não promova nem iniba as questões religiosas, porquanto, ainda que indiretamente, de alguma maneira, sua posição é comunicada aos estudantes.

PORQUE a maneira de pensar do professor tem sido distorcida pelo pecado, e, a menos que se trate de uma pessoa regenerada, a sua compreensão sobre o verdadeiro significado dos fatos está distorcida, pois sua mente se acha em trevas.
PORQUE os professores de uma escola genuinamente evangélica dedicam tempo para ajudarem os seus alunos, interessando-se por eles e aconselhando-os de uma maneira sempre coerente com o ponto de vista cristão a respeito da vida.
PORQUE os filhos são primariamente responsabilidade dos pais e não do Estado, portanto compete aos pais considerar a obrigação de oferecer uma educação cristã a seus filhos.
DAÍ a necessidade de uma escola evangélica.
Se acreditamos nestas afirmações, devemos orar por mais escolas genuinamente evangélicas no Brasil, sobretudo por uma UNIVERSIDADE EVANGÉLICA, que vivam estas afirmações

Mostrar às Crianças o que é Mais Importante

Marcadores: , ,

Tedd Tripp

Vivemos em um tempo perigoso. O evangelismo moderno reduziu a mensagem e o propósito do evangelho. Muito do cristianismo evangélico se focaliza em levar as pessoas a fazerem a oração do pecador, de modo que sejam asseguradas de que irão ao céu. O âmago do evangelho é a glória de Deus. Ele é tão zeloso de sua própria glória (Is 42.8), que enviou seu único Filho para redimir pessoas corrompidas, indignas e pecadoras. O Filho era tão zeloso de sua própria glória, que orou expressando o desejo de que seus discípulos vissem a sua glória (Jo 17.24). A glória de Deus moveu o seu coração a escolher um povo (Rm 9.23). O âmago do evangelho é a glória de Deus.
O propósito de Deus em estender sua graça às pessoas caídas é a sua glória. Deus é glorificado quando é valorizado acima de todas as coisas. Deus é glorificado quando é considerado um tesouro. Deus é glorificado quando é o nosso bem mais valioso. Deus é glorificado quando é nossa fonte de deleite. Deus é glorificado quando você mostra que Ele é o Ser mais maravilhoso e todo-suficiente no universo. O âmago do evangelho é a glória de Deus. Considere o Salmo 96: Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, todas as terras. Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas.
Observe que a proclamação da salvação é uma proclamação da glória de Deus. Ele é tremendo; portanto, deve ser grandemente louvado. Deve ser temido acima de todos os deuses. Esplendor, glória e majestade lhe pertencem. Ele reina. Deus é glorioso, cheio de esplendor e majestade. Deus não existe para o homem; o homem existe para Deus. O evangelho de Jesus restaura o homem caído, corrompido, para que este seja um verdadeiro adorador de Deus. Estas verdades confirmam-se a si mesmas para os seus filhos. O Deus da Bíblia, o trino Deus, é o único, o supremo objeto de nossa adoração.
Lembra-se da parábola do reino, em Mateus 13.44? “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” Recorda o que o homem fez, ao encontrar o tesouro? Ele o escondeu novamente. Transbordante de alegria, ele foi e vendeu tudo, para comprar aquele campo e possuir o tesouro. Ele não vendeu tudo motivado por um senso de obrigação. Você pode imaginá-lo achando o tesouro e dizendo a si mesmo: você não sabia que eu acharia um tesouro naquele campo? Odeio quando isto acontece comigo! Agora, terei de vender todos os meus bens, de modo que possa comprar aquele campo idiota e possuir aquele tesouro”. É ilógico pensar que ele se desfez de tudo por um senso de dever. Motivado por um profundo senso de alegria, ele vendeu tudo o que tinha. O tesouro o deslumbrou.
Assim é o reino dos céus. Até que nossos filhos vejam a glória de Deus, na face de Jesus cristo; até que vejam que Ele é o Lírio dos Vales, a Brilhante Estrela da Manhã, o Único que é totalmente desejável; até que vejam e entendam que Ele é digno de abandonarmos tudo e que nada em toda a terra é mais importante do que conhecer e amar a Jesus, eles jamais O conhecerão, O amarão e O servirão. Podem até ser membros de igreja, ser cooperadores no acampamento de adolescentes, ou participar de viagens missionárias, mas, se não forem convencidos de que Cristo é o tesouro, jamais O conhecerão verdadeiramente. Você não pode superestimar a importância de mostrar aos seus filhos a glória de Deus. Se os seus filhos não sabem quem é Deus, como Ele pensa, o que Ele sente e por que faz o que faz, não terão qualquer motivo para encontrar gozo nEle, nenhuma razão para celebrar a sua bondade abundante, nenhuma base para achar satisfação nEle. Deleite em Deus não pode ocorrer em um vácuo intelectual. Seu cuidado em mostrar e revelar as maravilhas do glorioso ser de Deus é crucial para seus filhos.
Regozijo em Deus é o fruto do que você sabe ser verdadeiro a respeito dEle. O calor espiritual do gozo, deleite e admiração na face de Deus não pode acontecer em um vácuo conceitual.

Use a Palavra na Criação de Filhos

Marcadores: , ,

Thabiti Anyabwile

Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus (Salmos 78.5-8).
O Senhor Deus do céu proveu graciosamente sua Palavra (seu "testemunho" e "lei") como uma estratégia e conteúdo fundamental para a criação de filhos (v. 5). Ele "ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos". Vemos o mesmo propósito em Deuteronômio 6.
Por que Deus manda seu povo ensinar sua Palavra, em vez de alguma outra metodologia ou assunto, para instruir a descendência piedosa que ele promete (Ml 2.15)? Por que não vídeo games? Por que não escolas públicas ou particulares? Por que não a aplicação das últimas descobertas da psicologia, sociologia, teoria educacional ou auto-ajuda? Por que os pais não devem simplesmente delegar isso aos mais bem preparados, mais bem educados, mais bem vestidos e mais requintados?
Parece que Deus designa sua Palavra e, especificamente, a paternidade realizada sob a direção de sua Palavra para cumprirem vários objetivos:
1) Para que gerações de famílias – e não apenas indivíduos – conheçam seu testemunho e sua lei (v. 6). Deus tem uma visão de que nossas famílias conheçam e andem em sua Palavras, de geração em geração. Deus planejou a família como a única instituição que deve levar avante esse propósito que inclui múltiplas gerações. O único conjunto consistente de relacionamentos que alcança as gerações são os relacionamentos de avós-pais-filhos-netos. Timóteo é nosso exemplo: "Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti... Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Timóteo 1.5; 3.14-15).
2) Para que nossos filhos ponham sua confiança em Deus (v. 7a). Como pais cristãos, "temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis" (1 Tm 4.10). Não temos "maior alegria do que esta, a de ouvir que" nossos "filhos andam na verdade" (3 Jo 4). É a Palavra de Deus que pode tornar nossos filhos sábios para a salvação, por meio da fé em Jesus Cristo. As Escrituras dão testemunho de Cristo e nelas está a vida eterna. Se o alvo de nossa criação de filhos se conforma com o alvo de Deus para a nossa criação de filhos, então devemos usar a Palavra de Deus resoluta e fielmente para incentivar nossos filhos a colocarem sua esperança em Deus. As escolas ensinam nossos filhos a terem esperança na educação. Música e entretenimento ensinam nossos filhos a terem esperança na popularidade e serem "legais". Os gurus de auto-ajuda ensinam nossos filhos a terem esperança em si mesmos. Mas nós proclamamos: alguns confiam em carros, outros, em cavalos, nós, porém, confiamos em o nome do Senhor, nosso Deus! Isso é a chave da paternidade bíblica e da esperança de cada pai e mãe crente. Portanto, devemos ensinar aos nossos filhos a Palavra de Deus em e como nossa paternidade.
3) Para que nossos filhos não esqueçam as obras de Deus (v. 7b). Em Salmos 78.9-10, logo depois da grande afirmação do desejo de Deus nos versículos 5 a 8, a Palavra de Deus nos diz que os efraimitas "não guardaram a aliança de Deus, não quiseram andar na sua lei; esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes mostrara". Esquecer a Deus é a coisa mais perigosa na desobediência. Que obras grandiosas Deus havia realizado na criação e libertação! É uma coisa surpreendente que essa Realidade fosse esquecida! Mas nós esquecemos. Nossos filhos esquecem. Retemos coisas triviais (brincadeiras favoritas, listas de compras, etc.), enquanto temos pensamentos vagos sobre Deus. Nosso esquecimento é nossa reversão pecaminosa à bestialidade. Mas nossa lembrança é nosso esforço ativo em direção à piedade. Lembrar é uma obra capacitada e impulsionada pela graça de Deus, por meio de sua Palavra. Se nossos filhos devem lembrar-se de Deus, o que ele ordena e deseja, eles precisam manter os registros da obra e da pessoa de Deus gravados em sua mente. Portanto, devemos exercer a paternidade pelo ensino das Escrituras Sagradas aos nossos filhos, para que eles não esqueçam.
4) Para que nossos filhos guardem os mandamentos de Deus (v. 7c). A Bíblia mantém uma forte conexão entre o lembrar e o obedecer (ver, por exemplo, Dt 8.11-20). Não podemos obedecer o que esquecemos habitualmente. Há uma afirmação óbvia na psicologia organizacional que diz: "O que é medido é feito". Medir auxilia a lembrança, que, por sua vez, impele a realização. Os evangélicos ficam nervosos sempre que a obediência entra na discussão espiritual. Mas não devemos. Tão naturalmente quanto esperamos que nossos filhos nos obedecem, devemos esperar que obedeçam a Deus e exortá-los a isso – não por causa de justiça, mas por causa de amor. Três vezes o Senhor disse aos seus discípulos: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14.15, 21, 23). A obediência é o fruto excelente de um raiz de amor. Havendo ensinado nossos filhos a colocarem sua confiança no Senhor, por meio da fé em Cristo, não ousamos torná-los pequenos antinomianos, negando o lugar do mandamento, da lei e da obediência em seguir o Salvador. Queremos que eles sejam santificados na verdade – a Palavra de Deus é a verdade. Queremos que eles sejam conformados, pela graça de Deus, mediante a fé, à semelhança do Salvador. Precisamente porque o Senhor Jesus Cristo é a nossa santidade (Hb 10.14), queremos que nossos filhos sigam a santidade por meio da fé e da obediência motivadas por graça.
5) Para que nossos filhos não sejam obstinados e rebeldes, e sim firmes e fiéis (v. 8). Oh! que vejamos nossos filhos andando na verdade, e nunca se desviem para a esquerda ou para a direita, nunca tenham um coração frio, nunca sejam tentados pelas canções sedutoras do mundo ou caiam no laço do Diabo! Oramos assim. Mas devemos, também, ensinar a Palavra de Deus com esta esperança e visão de firmeza e fidelidade. A exortação de Hebreus 3.12-14 se aplica muito bem à criação de filhos: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos". Substitua a palavra "irmãos" por "pais" ou substitua "mutuamente" por "filhos", e assim temos ordens para encorajar nossos filhos diariamente na Palavra de Deus.
Que o Senhor nos torne fiéis no ensino de sua Palavra aos filhos que ele confiou ao nosso cuidado. A Palavra de Deus não volta vazia. Creiamos nela e a usemos no criar os nossos filhos!

Treinadores de Criança

Marcadores: , ,

Cristiane Sahium

Nossas crianças possuem ferramentas natas para agirem conforme suas mentes e corações mandarem. Nem sempre estas reações e atitudes vão de acordo com o que os pais esperam, principalmente na vida social cristã.

Mas o que nós, que somos pais, esperamos?

Esperamos que nossos filhos saibam, em um passe de mágica, sem muitas repetições, tudo o que parece ser tão óbvio e natural para vivermos bem em todos os âmbitos da nossa vida!

Aprendemos, com o passar do tempo, a linha tênue entre o que é seguro ou perigoso, temos a receita, está pronta, é só seguir. Tentamos, com nossa experiência, blindar nossos filhos para que não passem pelo que passamos para aprenderem... ledo engano!

Treinamos para que a criança passe do peito para a mamadeira, e depois para o prato. Treinamos para que ela use o vaso sanitário, treinamos para que ela se vista, treinamos as primeiras palavras, balbuciando sons que, para nossa idade, parecem tão engraçados. No entanto, deixamos, ou não acreditamos, que uma vida de qualidade, seja em relacionamentos com amigos, ou na vida cristã, também precisa ser treinada, e vai além do usual "por favor", "obrigado" e "desculpe". Uso o termo treinar como uma ação repetida da educação inicial. Portanto, treinar é educar de maneira repetida, continuada, como se faz com um atleta.

Para alguns pais, certos lugares são uma verdadeira tortura:

Festas de aniversários: Alguns pais fazem da festa um ambiente para a disciplina e promessas: "nunca mais te trago em uma festa" ou "quando chegar em casa...". Mercados e lojas de brinquedos: Ir nesses lugares é um bom exercício para que os pais treinem domínio próprio, pois nessas situações podem sempre ver aqueles pequenos corpinhos se retorcendo com uma crise de B.I.R.R.A. (Braços Irados Repuxados Revoltando Adultos) para conseguirem o produto que viram na TV. Ou, quem sabe, em lugares abertos, onde as crianças se comportam como bichinhos em cativeiros que, quando se veem livres, correm sem rumo e sem noção dos perigos, fazendo dos gritos dos pais uma suave e indiferente música aos ouvidos.

Mas qual a receita? Como compreender e ser compreendido?

"Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti." (2Tm 1.5).

Eunice e Lóide eram modelos, sabiam o que queriam com Timóteo. Um treinador só pode ensinar se ele entende e domina o que quer transmitir. Eunice e Lóide inculcaram a Palavra a Timóteo. O ato de inculcar exige treino, gotas pedagógicas todos os dias.

Mas como treinar esses pequenos que, a cada dia, possuem mais informações à frente do tempo cronológico? Como treinar crianças que não sabem ler, mas destravam todo tipo de senha de objetos eletrônicos? A verdade é que treinamos, mesmo "inconscientemente", como uma maneira natural da vida moderna.

Treinamos para quê? Somente para que tenhamos crianças que atendam a comandos na hora certa e que mostrem aos que estão ao lado que foi bem ensinada?

Bom, isso realmente soma pontos na sociedade, chamamos isso de pessoas que tiveram "berço". Ninguém gosta de estar ao lado de crianças que gritam e destroem tudo.

Mas há mais motivos para um bom treino que vão além da sociedade, e que valem muito para o mundo cristão: crianças bem treinadas e direcionadas são facilmente servos de Cristo. Por quê?

Porque são acostumadas, desde cedo, a dominar sua própria vontade e sentem prazer em fazer o que é bom, pois foram apresentadas e convencidas de que há alguém maior que elas, maior que papai e mamãe. Este ser maior é o Senhor Jesus.

Seria pesado demais se esse convencer viesse de nós. Ainda bem que quem convence é o Espirito Santo, e nós apenas "construímos" um ambiente de amor, bons exemplos e bases sólidas cristãs inegociáveis, para que Ele possa nos usar como instrumentos e agir no coração dos nossos filhos.

Ninguém disse que nossa missão seria fácil, mas existem 05 passos que podem facilitar  um treinamento eficaz para que todos da família tenham qualidade de vida:

1º - Não trabalhe sozinho. Acione Deus: Se nós queremos que nossos filhos tenham atitudes parecidas com as de Jesus, devemos orar e pedir sabedoria, criatividade, paciência e tempo de qualidade com nossos filhos.

2º - Escreva quais são as reais necessidades de seu filho, o que você sente que poderia ser trabalhado, seja na vida social ou espiritual. Se for social, brinque, brinque e brinque nas situações como festa, parque, família e etc. Nestas brincadeiras, mostre a ele como deve agir e comportar-se. Se for espiritual, o culto doméstico faz a diferença, pois é o contato diário com a Palavra.

3º - Seja amigo, escute seu filho, deixe que ele fale o que está sentindo. Se ele fala pouco, uma boa maneira de fazer com que ele se expresse é a brincadeira do limão e do brigadeiro. No fim do dia, no carro ou em casa, pergunte o que foi limão e o que foi brigadeiro naquele dia. É sempre bom que os pais comecem a falar sobre seu dia, pois as crianças podem ver que nós também passamos por aflições.

4º- Repita: A criança aprende por repetições. Quantas vezes temos que colocar o novo DVD que compramos? Então repita, inculque, mostre, sempre de maneira agradável, o que você realmente quer que fique retido na mente e no coração do seu filho.

5º - Não deixe poeira na sua Bíblia: Ok, nós pais cometemos erros nos métodos de criação dos filhos. Procuramos, juntamente com o cordão umbilical, o manual que deveria vir com nosso bebê, e que nos mostraria o botão on eoff, mas, infelizmente, não achamos. Descobrimos, então, (quando buscamos) que a Bíblia é o nosso manual, ela nos ensina, mesmo quando não enxergamos os métodos que queremos para o agora. O Espírito Santo nos ensina, através da Palavra de Deus, como devemos proceder em TODAS as fases da vida dos nossos filhos.

Infelizmente, não há mágicas na criação de filhos. Com certeza, esse treino árduo com eles redundará em frutos que não podemos ver agora, mas que farão o papel de mensageiros vivos, levando adiante o que ensinarmos.  Que Deus nos faça treinadores fiéis através da sua Palavra.

Enquanto Eles Ainda São Pequenos

Marcadores: , ,

Jáder Borges
Algumas orientações para pais sobre televisão, computador, games e facebook.
Muitos pais me perguntam sobre "qual é a idade certa" para seus filhos terem acesso a games, programas de televisão, facebook, etc. Eu procuro responder que não existe uma idade certa, mas sim uma atitude certa dos pais para com tudo isso.
Vivemos em uma sociedade massacrante, na qual televisão, games e facebook acabam sendo um grande escape para pais, que, pelo menos, têm os seus filhos em casa e entretidos, quando estão atuando em seus locais de trabalho, ou quando trazem trabalho para resolver em casa (infelizmente) e os seus filhos continuam entretidos com tudo isso, mas em casa, deixando-os pelo menos trabalhar em paz. Mas, PAZ? Terá mesmo paz, pais que agem dessa forma? Pais que pensam assim?
Creio que a Primeira Infância é muito importante para a criança com relação aos seus pais: aproximação, segurança, confiança, autoridade e proteção. Tudo isso, vejo como presente de Deus aos pais para começarem a conquistar seus filhos, quando estes ainda são pequenos e por toda e para toda a vida. A primeira parte da considerada 'Primeira Infância1 'é até fácil, do ponto de vista dos desafios da criação: fixemos por um pouco naquela 'idade do bebê'. Muitos pais não têm dificuldades com isso, de tomar tempo, dedicar tempo, carinho, amor a uma criança nesta fase da primeira infância, por motivos que vão desde a linda e querida novidade (afinal, quem não gosta de ter um bebê em casa?) até as pequenas coisas de um bebê que encantam, como um sorriso 'que vale o dia' e o balbuciar das primeiras palavrinhas e sons. Bebês têm algumas questões que não exigem tanto dos pais em outras áreas: crianças de colo não falam [tanto] ainda (e por conseguinte, não perguntam); não andam (e exigem a sua companhia todo o tempo, para não cair, para não meter o dedo na tomada...), ainda não ligam para games e televisão (por eles, que ainda não sabem o que é isso, a tv pode passar o dia todo desligada). E bebês dormem bastante (um momento de descanso e até de alívio para os pais). Nesta fase da primeira infância, eu diria: os bebês não dão 'problemas eletrônicos e tecnológicos'. E neste quesito, obedecem muito bem. Vocês podem desligar a tv a qual estiverem assistindo (até a famosa Galinha Pintadinha, por exemplo) e substituí-la por uma banana lambuzada em um pouco de mel. Se vocês pais fizerem "aquele estardalhaço" para atrair a atenção da criança de seus um ano e seis meses, para a banana lambuzada em mel, esta 'nova e curiosa atração' poderá até ganhar da galinha pintadinha. Nunca fiz este 'teste' (até porque não tenho mais bebês em casa), mas desconfio que a banana lambuzada em mel seja um páreo duro para a Galinha Pintadinha.
O tempo passa muito rápido...
Mas tem, pelo menos, duas coisas que os pais de bebês esquecem, ainda dentro da janela da primeira infância: uma, é que bebês crescem e progridem nas suas vontades pessoais (e algumas são bem fortes!). Outra, é que bananas lambuzadas em mel enjoam. A Galinha Pintadinha atrai! É no início dasegunda fase da primeira infância (2 e meio, 03 anos...), quando o seu menino, a sua menina, não é mais 'tão bebê'', que começará a perceber rapidamente que tem um mundo fascinante de cores, luzes, cliques, que abrem a janela para o mundo inteiro! E aí, não tem banana lambuzada em mel que consiga frear este avanço ou desviar a sua atenção. Só quem consegue controlar bem são os pais. Por isso, algumas dicas LOGO CEDO para pais que não querem ver seus filhos contaminados e até viciados em eletrônicos pelo resto da vida. Creio firmemente que aquilo que a criança aprender, ela levará consigo pelo resto da vida (Pv 22.6). Então, vamos lá. Vamos a algumas dicas simples e práticas que, se bem conduzidas, poderão servir de princípios e valores para os seus filhos.
1. Não deixem as crianças expostas à tv. Com o advento da tv a cabo, existem hoje canais 24 horas dedicados às crianças e especializados em atraí-las e entretê-las, isto sem falar na vasta programação em outros canais mistos, que procuram ter a atenção de crianças de todas as idades. Ou seja: a exposição é grande, o aceso é fácil, mas também, as propostas são muitas, deformantes e tantas delas são mesmo cruéis. E o que o seu filho recebe logo cedo, ele não filtra. Engole. E aí, o que lhe passam, tantas vezes, não é mesmo saudável e deforma. Deforma o corpo, a mente e até o caráter. Será a vez do que eu chamaria, infelizmente, do "lixo com mel". Sua criança brasileira é uma das mais expostas à tv no mundo, sabia?! A Eurodata TV Worldwide2(Francesa) fez uma pesquisa e constatou que a criança brasileira passa, em média, 3 horas e 31 minutos por dia na frente de um aparelho de televisão. As crianças de hoje estão crescendo vítimas (não encontro outra palavra) de uma exposição ao consumo em massa. E o que isto poderá acarretar? Entre outras coisas, a insaciabilidade e o egoísmo que busca satisfação, dominando a mente de uma pessoa ainda tão jovem. Isso porque, a cultura do consumidor desses dias modernos [demais] tornou-se impessoal, no sentido de que as mercadorias são produzidas para um mercado de massa e não para indivíduos específicos, e também porque é universal, pois, em princípio, todos nós somos livres e iguais e podemos adquirir o que quisermos, conquanto sejamos levados a "ter que adquirir" tudo o que eles divulgarem, pois isto tornou-se caráter e consciência universal: "todos [na escola] têm, eu tenho que ter. Todos [na escola] são, eu tenho que ser".
Nesta onda do consumismo moderno, procura-se mais a gratificação da emoção e do desejo do que a satisfação de suas necessidades. Acredita-se no caráter individualista, em que os indivíduos decidem por si mesmos que bens e serviços desejam obter, e se conseguirem cativar uma mente infantil para este rumo, então, haverá mais um consumidor voraz na praça. Para tal consumidor, a insaciabilidade dos consumidores que caracteriza esta sociedade será a sua marca também. Assim, quando um desejo ou uma "necessidade" é satisfeita, outra "necessidade" já se achará à sua espera. A permanência de um sentimento de insatisfação e de um "eterno querer mais"; a existência de uma insaciabilidade para com novos produtos poderá agarrar a mente do seu filho, distorcê-la e não largar mais. Nestes nossos dias, a atividade fundamental do consumo não é a seleção, a compra ou o uso dos produtos, mas a procura do prazer imaginativo a que a imagem do produto empresta, sendo o consumo verdadeiro, em grande parte, um resultado desse hedonismo da mente: só serei feliz se tiver!
Então, enquanto os seus filhos ainda são pequenos... a) regulem bem a tv em sua casa. Que o controle do aparelho esteja na sua mão, pai/mãe, porque no dia que o controle remoto for parar na mão da criança, ela não largará e não entregará mais, a não ser com muito custo e brigas. DETERMINEM os programas e a quantidade dos mesmos que o seu filho poderá assistir. Lembrem-se: desde a fase do bebê que a autoridade na sua casa é de vocês. Não percam este privilégio e esta oportunidade de educarem bem uma vida. E por causa disso (da perda da sua autoridade), vocês também darão contas a Deus. b) tv só depois do dever. Ou seja: que a criança brinque, pinte, desenhe, brinque com a boneca (menina), com os carrinhos (menino)... tudo bem, mas deverá fazer toda a tarefa de casa antes. E depois vem a TV, os desenhos e programas que vocês já devem combinar bem com as crianças quais e quantos seriam. Modernos aparelhos de tv têm como gravar, então, a criança não perderá o programa. Também, muitos lares têm aparelhos de DVD que gravam. No máximo (caso não disponham desses recursos tecnológicos) que a criança assista só àquele episódio ou período, e depois a tv é desligada e as obrigações que eles devem ter são continuadas e cumpridas. E se não for assim, se não houver sadia correspondência da parte da criança, que se perca a tv. "Quem obedece ganha. Quem desobedece, perde". Esta é uma das regras daqui de casa desde o tempo em que as meninas eram bebês. E elas aprenderam bem.
2. Games (já para quando eles forem maiorzinhos). O mesmo princípio: a)estipulem, vocês pais, horários e tempo de jogos. b) vão à loja comprar o game com eles e procurem saber de tudo o que for possível sobre o game. Se julgarem que não é bom (veja, 1 Co 6.12; 10.23), ou seja, se for dominar o seu filho, ou se não edificar, não comprem. A moda de um game passa. Já as deformações que ele poderá causar no seu filho, ficam. Então, se o seu filho confia em vocês e sabe que vocês querem o melhor para ele (sim, que ele saiba disso por demonstrações de cuidado, carinho e conversas), ele entenderá. c) pesquisem sobre o game. Entrem na internet, acessem via Google tudo o que puderem sobre o tal jogo. Avaliem por ali. d) peçam informações a um adolescente ou jovem que conhece o game e vá colhendo e tirando conclusões. e) joguem com ele ou acompanhem as sessões e fases do jogo. f) estipulem quantos games vocês terão em casa. Assim, ele mesmo terá que selecionar bem, pois as escolhas são muitas, mas o resultado final para ele será limitado a um certo número.
3. Internet e computador - Também o mesmo princípio. a) estipulem horários e que estes horários estejam de acordo com todo o tempo que eles têm para: ver tv, jogar games e navegar na internet. b) nada de computador no quarto do filho! Nada! Computador em sua casa deve ser uma peça de pesquisas e ferramenta de auxílio, então, deixem o mesmo em local central e bem visível. Em dias modernos [demais], tudo o que não presta entra via internet, então, quanto menos chance você der a um bandido que poderá tentar seduzir os seus filhos, ou mesmo a ação de pessoas com mentes ímpias de tentarem influenciá-los por maus caminhos e costumes, melhor para todos da sua família que isto seja imediatamente percebido3c) coloquem, vocês pais, a senha no computador da casa. Não abram mão disso. Assim, quando o seu filho quiser navegar um pouco, terá que pedir a sua presença para 'abrir' o computador. Aos filhos que já são maiores (adolescentes, por exemplo) e que já dominam bem o assunto, afirmo que eles têm a obrigação de falar a senha pessoal para os seus pais. d) examinem sempre o histórico de navegação dos seus filhos. Sempre. Não é desconfiança. É cuidado e proteção.
4. Facebook e outras redes sociais - Também incentivaria os mesmos princípios para o uso da internet. Se eles já tiverem idade para terem acesso a estas redes (porque, há idade legal para tanto. Criança não pode e nem deve, pelas leis), que vocês pais também tenham uma página nas mesmas redes sociais e que os seus filhos os adicionem como participantes. Só dessa maneira e pronto. Assim, vocês poderão ver bem o que se passa e também quem são os amigos dos seus filhos e o que estes falam. Na abertura deste texto, escrevi a palavra "pequenos", utilizando-me de um símbolo famoso no facebook, que é o de "curtir". O fiz, invertendo o mesmo para que parecesse com a letra "P". Mas ao mesmo tempo, quero dizer: o facebook só tem "curtir". Mas tem muita coisa lá, como nas demais redes sociais e na internet, que não dá mesmo para curtir. Que os nossos filhos, aprendendo conosco desde pequenos as diretrizes, bases, valores e conceitos ao longo da jornada, sejam eles mesmos os que irão dizer: "poxa, não dá para curtir isso, não é o que eu aprendi com os meus pais. Desligo ou deleto".
Poxa, pastor! Quantas coisas e quantas limitações, não? Sim, reconheço. Mas, em um mundo que vai se tornando cada vez mais pós-cristão e cada vez mais anticristão, que desdenha da Palavra de Deus, eu não vejo outro meio de salvaguardar a mente dos nossos filhos, que estão crescendo neste mundo mau e recheado de facilidades para o mal, que a clara apresentação de regras e limites. E se as regras, os limites e o acompanhamento sadio ocorrerem logo cedo e desde sempre, os seus filhos crescerão se acostumando com tudo isso. E sempre irão acreditar no amor e no cuidado de seus pais por eles, porque ouvirão as regras, crescerão com elas e verão que as mesmas são acompanhadas e mantidas com bom discernimento e equilíbrio (dos pais), manifestadas em santa e boa coerência quanto ao seu desenvolvimento e cumprimento (dos filhos). E, uma vez aprendidas lições, a própria criança perceberá isto e se contentará: o meu pai e a minha mãe me amam e cuidam de mim. Que seja isto que os nossos filhos levem pelo resto de suas vidas.

Como Ser um Refúgio Para Seus Filhos

Marcadores: ,

John Piper

No temor do SENHOR, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos.(Provérbios 14:26)
Se o Papai estiver amedrontado, para onde se voltarão os pequeninos? Papais deveriam ser seguros. Eles deveriam saber o que fazer, como resolver problemas, consertar as coisas e, sobretudo, proteger seus filhos do mal. Mas o que ocorre se uma criança vê o medo na face de seu Papai? E se o Papai estiver tão assustado quanto a criança e não souber o que fazer? Neste caso, a criança fica totalmente perturbada e se apavora. Ela sente que o único lugar firme, bom e confiável de refúgio não é mais seguro.
Mas se o Papai é confiante, a criança tem um refúgio. Se o Papai não está entrando em pânico, mas está calmo e firme, todos os muros podem vir abaixo, todas as ondas podem quebrar, todas as serpentes podem sibilar e os leões, rugir; mas os braços de seu Papai ainda serão um lugar seguro. O Papai é um refúgio, contanto que seja um Papai confiante.
É por isto que Provérbios 14:26 diz que "ele será um refúgio para seus filhos", se o Papai possuir uma "firme confiança." A confiança do Papai é o refúgio de seus filhos. Pais, a batalha para ser confiante não é apenas sobre nós, mas sobre a segurança de nossos filhos. É sobre o senso de segurança e felicidade deles. É sobre eles crescerem aflitos ou firmes na fé. Até que as crianças possam conhecer a Deus de uma forma profundamente pessoal, nós somos a imagem e a personificação de Deus em suas vidas. Se formos confiantes, confiáveis e seguros para eles, eles serão muito mais inclinados a apegar-se a Deus como seu refúgio quando, mais tarde, as tempestades lhes sobrevierem.
Então, como nós devemos obter esta "firme confiança"? Afinal, nós também somos pequeninos, somos vasos de barro, fracos, quebrantados, lutando contra dúvidas e ansiedades. Será que a solução é fazer nossa melhor encenação e esconder o que somos verdadeiramente? Isto nos levará às úlceras, no melhor dos casos, e, no pior, ao duplo erro de desonrar a Deus e rejeitar nossos adolescentes. Esta não é a resposta.
Provérbios 14:26 nos dá outra resposta: "No temor do SENHOR, há firme confiança". Isto é bastante estranho. Diz que a solução para o temor é o temor. A solução para a timidez é o temor. A solução para a incerteza é o temor. A solução para as dúvidas é o temor. Como pode ser isto?
Parte da resposta é que o "temor do Senhor" significa ter medo de desonrar ao Senhor; o que significa ter medo de duvidar do Senhor. Que significa ter medo de temer qualquer coisa que o Senhor tenha prometido te ajudar a superar. Em outras palavras, o temor do Senhor é o grande destruidor de temores.
Se Deus diz, "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo," (Isaías 41:10), então, coisa temível é se preocupar com o problema no qual ele disse que irá te ajudar. Temer o problema quando ele diz, "Não temas, eu te ajudo" é um voto de desconfiança contra a palavra de Deus, e isto é uma grande ofensa a Deus. E o temor ao Senhor, ao contrário, faz qualquer um estremecer ante tal ofensa a Deus.
Se o Senhor diz, "de maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei," então você pode dizer confiantemente "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 13:5-6). Se o Senhor te diz isso, então não confiar na presença e auxílio prometidos pelo Senhor é uma espécie de orgulho. Isto coloca o nosso parecer do problema acima do parecer de Deus. É por isto que lemos as maravilhosas palavras do Senhor em Isaías 51:12: "Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem, que é mortal, ou o filho do homem, que não passa de erva?". Quem é você para temer os homens, quando Deus prometeu ajudá-lo? Assim, temer o homem é orgulho. E o orgulho é o extremo oposto do temor de Deus.
Então, sim, o Provérbio é verdadeiro e nos é de grande ajuda. Temam a Deus, pais. Temam a Deus. Temam desonrá-lo. Temam duvidar dele. Temam colocar a sua avaliação do problema acima da dele. Ele diz que pode ajudar. Ele é mais inteligente. Ele é mais forte. Ele é mais generoso. Confie nele. Tema não confiar nele.
Por quê? Ele trabalha para aquele que nele espera (Isaías 64:4). Ele resolverá o problema. Ele socorrerá a família. Ele cuidará dos pequeninos. Ele satisfará as suas necessidades. Tema não crer nisso. E, então, seus filhos terão um refúgio. Eles terão um Pai que "tem firme confiança" - não em si mesmo, mas nas promessas de Deus, nas quais ele estremece de não confiar.
Aprendendo a temer ao Senhor para o bem dos meus filhos,
Pastor John